Três anos depois do lançamento da plataforma de diálogo para jovens de todo o mundo, o Ubuntu United Nations prepara-se para regressar em 2024. O objetivo? Trazer agentes de mudança para um debate intergeracional sobre questões que os afetam, aprender e partilhar ideias com líderes como os laureados com o Prémio Nobel da Paz, antigos Chefes de Estado e outros líderes mundiais. As candidaturas estão abertas até 31 de março.

A primeira edição contou com mais de 4000 candidaturas e inúmeros convidados de renome. Entre eles, Muahammad Yunus (galardoado com o Prémio Nobel da Paz), José Ramos-Horta (Presidente de Timor-Leste e galardoado com o Prémio Nobel da Paz) e António Guterres (Secretário-Geral das Nações Unidas).

“Nestes tempos sombrios, o envolvimento dos jovens é bem vindo. Os jovens de hoje estão a liderar movimentos de ação climática, justiça racial, igualdade de género e muito mais”, destacou o Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, referindo-se ao Ubuntu United Nations 2021, antes de acrescentar: “As Nações Unidas estão empenhadas em ser suas aliadas, à medida que construímos um mundo mais pacífico, sustentável, justo e equitativo para as pessoas de hoje e para as gerações vindouras. Precisamos de acreditar no poder do diálogo e da cooperação para superar os testes do nosso tempo”. 

 

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De olhos postos na promoção da Paz

A segunda edição do Ubuntu United Nations prepara-se para ir ainda mais longe. A partir do tema “Viver Juntos em Paz”, a equipa pretende mostrar aos jovens líderes que são os agentes de mudança do futuro e capacitá-los com competências na liderança servidora. O programa acontece entre 27 de abril a 8 de junho, aos Sábados.

A 27 de abril realiza-se a sessão de abertura, seguindo-se cinco seminários: Liderar como Mandela: Dignidade Humana (11 de maio), Construção de Pontes: Diálogo Inter-religioso e Intercultural (18 de maio), Vencer Obstáculos: Perdão e Reconciliação (25 de maio), Vidas Ubuntu: Coragem Cívica (1 de junho) e Eu Tenho um Sonho: Viver Juntos em Paz (8 de junho). Todos estes momentos são online.

Para a edição de 2024, estão confirmados nomes como o José Ramos-Horta, que vai estar a presidir os seminários. Esta não será a primeira vez que Ramos-Horta se juntará ao evento. Em 2021, durante a primeira edição, afirmou que os valores Ubuntu inspiram uma “viagem para a construção de um mundo melhor. A participação da juventude é uma esperança e uma luz brilhante para o mundo. Jovens de hoje, o futuro é vosso! Têm de fazer a diferença: trabalhar na construção de uma família humana e interagir uns com os outros num espírito de fraternidade e irmandade”.

Mama Shamsa (galardoada com o Zayed Award for Human Fraternity), Pastora Mira (Activista Colombiana de Direitos Humanos), Jonh Volmink (Presidente da Ubuntu Global Network) e **Muhammad Yunus (**galardoado com o Prémio Nobel da Paz em 2006) também se juntarão como co-presidentes.

Este programa de capacitação convida jovens líderes de todo o mundo, dos 18 aos 35 anos, com um forte compromisso em servir o bem comum das suas comunidades. 

 

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O que é o Ubuntu United Nations? 

Esta é uma formação certificada, 100% gratuita, incentivada pelo Secretário-Geral das Nações Unidas e ligada a uma comunidade de mais de 100.000 jovens líderes em todo o mundo.

Pretende-se que os participantes sejam capazes de olhar criticamente para a realidade e nela intervir, trabalhando em colaboração para o bem comum, tendo consciência de si e do mundo que o rodeia. Além disso, é uma oportunidade para participar ativamente na promoção dos valores humanísticos, da cidadania participativa, do diálogo, da sustentabilidade e da justiça social.

O Ubuntu United Nations é uma iniciativa do IPAV-Instituto Padre António Vieira, através do projeto da Academia de Líderes Ubuntu, que procura formar jovens para a liderança servidora através da educação não-formal.

Esta iniciativa inspira-se na filosofia Ubuntu, que significa “Eu sou porque tu és”, focando-se nos valores da Ética do Cuidado, Construção de Pontes e Liderança Servidora. Tendo por base a ideia de Desmond Tutu de que “só podemos ser pessoas, através de outras pessoas”.