Cigarros e roupas biodegradáveis, aplicações de acesso a manuais escolares, plataformas online de agregação de projetos ambientalistas ou uma vending machine que troca plástico por água fresca em espaços públicos. Eis algumas das ideias empreendedoras criadas pelos participantes da IPStartupWeek, durante a primeira atividade do quarto dia – o desafio “Elevator Pitch”. 

Tudo começou com um processo de brainstorming, numa tempestade de ideias que procurou criar “produtos ou serviços que procurem resolver problemas ambientais ou sociais”. A partir daí, as ideias produzidas rodaram pelos diferentes grupos, num processo de seleção por eliminação. Depois, foi tempo de preparar um poster que acompanhou o “Elevator Pitch” – a apresentação rápida da ideia, para avaliação do júri.

 

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Para a professora do Politécnico de Setúbal que acompanhou a atividade, Teresa Costa, este desafio implicou “várias mais-valias para os estudantes”. Desde logo, os estudantes pensam no empreendedorismo de forma responsável, acredita: “Um empreendedor não é apenas uma pessoa que tem ideias, é alguém que aproveita todas as suas competências para criar valor. E não apenas para si, mas para toda a Sociedade”.

 

Por outro lado, o momento é também, para a docente da Escola Superior de Ciências Empresariais do IPS, uma forma de “desenvolver muitas competências transversais”. Trabalho em equipa, capacidade de comunicação, capacidade crítica ou de resolução de problemas foram alguns dos exemplos destacado pela professora.

 

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O facto de esta atividade partir do zero, com a procura de uma ideia em conjunto, oferece ainda a “uma visão holística do processo empreendedor”, acrescentou, uma vez que se destaca a “importância de ter mais do que uma boa ideia. “Até chegar ao produto final, importa analisar, criticar e pensar no contexto”, salienta Teresa Costa, destacando ainda que “a avaliação pelo júri, que coloca questões práticas, traz uma noção do que pode ser a realidade do mercado”.

A dinâmica da atividade implicou a partilha de ideias entre grupos, com um processo de seleção coletivo. Um detalhe que espelha a preocupação em “evitar que os grupos se fechassem sobre si mesmos”. As ideias que ganharam e foram até ao momento de apresentação, “chegaram lá com a contribuição de todos”, realça a docente. Uma noção que é, garante, frequentemente sublinhada, no âmbito das unidades letivas desta escola: “transmitimos a ideia de que um empreendedor raramente consegue algo sozinho”.

 

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Por essa razão, acredita Teresa Costa, esta momento assume-se como “uma maneira de, de forma informal, transmitir a realidade da nossa escola e de como pode ser interessante estudar aqui”. No final das apresentações, o projeto premiado foi o “Net Books” – a ideia para o desenvolvimento de uma aplicação que integraria todos os manuais escolares, almejando a diminuição da pegada ecológica, bem como do peso presente nas mochilas dos alunos.

O final de tarde foi passado no areal da Figueirinha, entre mergulhos e o torneio de vólei. O último dia de atividades é amanhã, com um passeio pelo centro da cidade de Setúbal.

 

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