Os quatros grupos partiram do mesmo local: o Miradouro de São Sebastião. A partir daí, quatro manchas coloridas cruzam a cidade de Setúbal, procurando pistas, respondendo a perguntas e realizando tarefas. As indicações chegam via Whatsapp, enviadas por alguém que se identifica como “Joana”, e alguns participantes perguntam-se: “Como é que ela será?”.

O peddy paper que inaugurou as atividades do último dia de IPStartupWeek passou por alguns dos pontos mais emblemáticos da cidade de Setúbal: do Mercado do Livramento à Praça de Bocage, passando pela Casa da Cultura ou pela Doca dos Pescadores. O ponto de encontro final, para todas as equipas, foi marcado na Casa da Baía, junto à Avenida Luísa Todi.

IPStartupWeek

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É aí que ficamos a saber que a “Joana” é Joana Santos, do Gabinete de Comunicação e Imagem do Politécnico de Setúbal. Joana explica que esta atividade se enquadra numa aposta recente desta instituição de ensino superior: realizar atividades dinâmicas que envolvam tecnologia. Durante a edição deste ano da Futurália, por exemplo, o stand do IPS dinamizou vários jogos “Escape Room”.

“No Politécnico de Setúbal, a componente prática é muito valorizada e queremos passar essa mensagem”, sustenta a profissional na área da comunicação. Para tal, os estudantes são desafiados a ter uma postura ativa, interagindo com a informação que se pretende comunicar. Hoje, o objetivo passou por “mostrar o melhor de Setúbal”. Noutro contexto, poderá passar por conhecer melhor as escolas ou os cursos do IPS.

Com a inclusão de atividades e tarefas práticas, assegura Joana Santos, os estudantes “envolvem-se mais e ficam com uma imagem muito positiva do Politécnico”. Por outro lado, notam-se também diferenças na capacidade de absorção de informação, acrescenta: “Numa palestra, não conseguiriam apreender metade da informação [partilhada]”.

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Ao longo do percurso de hoje, os estudantes foram ainda partilhando fotos de grupo com os hashtags #forumestudante e #ipstartupweek. E esta utilização de tecnologia e das redes sociais assume-se como um dos factores que contribui para “o sucesso a 100%” desta fórmula: “Devemos adaptar-nos ao público que temos e eles mostram-se totalmente disponíveis para fazer este tipo de interação”, revela. A manhã de hoje foi também a prova de que a abordagem é eficaz, conclui Joana Santos: “Esta abordagem tem funcionado muito bem e é para continuar”.

 

Um final que é apenas o começo

A tarde foi preenchida com a gravação de um programa live tape, onde foram exibidos os vários filmes produzidos pelos estudantes durante os últimos cinco dias. Com o apoio dos estudantes do Curso Técnico Superior Profissional (CteSP) de Produção Audiovisual, os participantes da Academia IPStartupWeek passaram pelos vários papéis envolvidos: da captação de imagem e som à apresentação, passando pela escrita do teleponto, por exemplo.

O estudante Duarte Beja interrompe os trabalhos de preparação do vídeo “MyStartupLife”, durante a tarde de hoje, para nos contar que esta foi a única Academia Forum em que se inscreveu. “Tenho uma ligação ao empreendedorismo através dos meus pais, e lembro-me de gostar desta área desde sempre, ainda antes de saber o que queria dizer a palavra”, explica o participante, natural de Lisboa.

Ao inscrever-se nesta academia, Duarte procurou “conhecer coisas novas, perspetivas diferentes, exemplos de empreendedorismo e também fazer atividades práticas que complementam o lado mais teórico da escola”. Agora, que a semana se aproxima do final, considera especialmente interessante “a vertente prática das atividades e a possibilidade de conhecer os percursos e histórias de quem entrou no mundo do empreendedorismo em várias áreas”.



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Durante a tarde, os participantes dividiram-se entre a edição de vídeo e a gravação de um programa de televisão em live tape

 

O facto de o trabalho ser feito em equipa, entre pessoas que não se conheciam previamente, “foi desafiante”, realça, explicando que, contudo, “como sempre existiu bom ambiente, acabámos por alcançar os objetivos”. Uma experiência que poderá mesmo ser decisiva no futuro, conclui o estudante de 19 anos: “Tenho o objetivo de ser empreendedor no futuro e penso que algumas coisas que conheci aqui poderão ser importantes nesse caminho”.

“Espero que saiam desta semana com a sensação que não perderam nada e que ganharam muito”, começou por salientar, durante a sessão de encerramento, o Diretor da Forum Estudante, Gonçalo Gil. Depois, a vice-presidente do IPS, Ângela Lemos, deixou uma garantia: "O Instituto Politécnico de Setúbal oferece-vos todas as condições para completarem a vossa formação". Para o futuro, importará "lutar pelos sonhos". E o impacto destes dias poderá fazer-se sentir nesse futuro, conforme salientou a participante Inês Sousa: "Aprendemos muito. Aprendemos que nenhuma ideia é à partida, uma má ideia. Devemos trabalhar e melhorar, se quisermos criar o nosso negócio". "Sem ter medo de arriscar", concluiu. 

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