Representantes do Istituto Istruzione Superiore "G. Vallauri" (Itália), Palacky University Olomouc (República Checa) e Agrupamento de Escolas José Saramago, em Palmela, visitaram recentemente (dias 27 e 28 de setembro) o Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) para a reunião de arranque do IINTOS – Implementation of International Offices in Schools, um projeto Erasmus+ (KA2 – Parcerias Estratégicas), que pretende criar ferramentas para a implementação de gabinetes de mobilidade internacional nas escolas básicas e secundárias.

Para além da criação, nos estabelecimentos de ensino, de estruturas facilitadoras da mobilidade internacional de professores e alunos, o projeto IINTOS, sob coordenação da Escola Superior de Educação (ESE) do IPS, propõe-se igualmente alargar o leque de conteúdos a trabalhar, centrando-se em disciplinas relacionadas com a Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (CTEM).

"Os sistemas de mobilidade implementados estão normalmente associados a um professor, não existem realmente estruturas, com ferramentas próprias, e as experiências de intercâmbio estão muito ligadas ao ensino da língua inglesa. Quisemos, por isso, alargar o espectro de possibilidades, recorrendo a outros conteúdos que também são transversais à educação na Europa", explica José Miguel Freitas, docente da ESE/IPS e coordenador do projeto.

Entre os instrumentos a desenvolver e aperfeiçoar, previsivelmente até abril de 2020, destacam-se uma ferramenta de análise de currículos, que permitirá identificar onde os programas europeus se tocam e podem permitir o intercâmbio; uma plataforma online, onde os coordenadores internacionais podem contactar entre si, criando uma agenda de mobilidade para as suas escolas; e, finalmente, um guia de como implementar um gabinete de mobilidade internacional numa escola.

Todas estas ferramentas serão testadas por dois estabelecimentos de ensino, um em Portugal e outro em Itália. "Ambos vão fazer a prova de conceito, fazendo uso das ferramentas existentes para realizar uma mobilidade virtual e mobilidades físicas. No final, dar-nos-ão o feedback para que possamos fazer eventuais ajustes", informa ainda o docente responsável.

Embora tenha como público-alvo os professores, em última instância o IINTOS beneficiará os alunos que, desta forma, "ganham competências de cidadania global e competências culturais e de língua, transversais a estas mobilidades". "É uma abertura de olhos para a Europa e para o mundo", conclui José Miguel Freitas.