Depois de Prince, Rolling Stones, Andrea Bocelli e Benjamin Clementine, é agora a vez dos U2 convidarem Ana Moura para uma colaboração, em que a cantora dará voz ao movimento #womenoftheworldtakeover nos concertos da banda que terão lugar este domingo e segunda-feira, na Altice Arena. Em todos os espectáculos da #U2eiTour é apresentado um vídeo, que promove e amplifica a acção global "Poverty is Sexist", da organização ONE, no combate às causas que mantêm as mulheres e meninas dos países menos desenvolvidos numa condição de pobreza extrema. O vídeo mostra um coro a cantar "Women of the World", de Ivor Cutler, canção popularizada por Jim O'Rourke, a que irá juntar-se a participação especial de Ana Moura, que assim abraça pessoal e artisticamente esta causa, contribuindo com a sua voz para fazer chegar a mensagem #womenoftheworldtakeover às dezenas de milhares de pessoas que assistirão aos dois concertos.

«Muito honrada por fazer parte dos espectáculos dos U2 em Lisboa e juntar a minha voz ao #womenoftheworldtakeover em apoio da @ONE. #PovertyisSexist - Há mulheres heróicas em todo o Mundo que se têm unido para derrubar os obstáculos que limitam as mulheres. Por favor acedam a ONE.org para saberem mais sobre estas incríveis heroínas e assinem a petição que apela aos líderes mundiais que garantam justiça para as mulheres em todo o Mundo. Porque nenhuma de nós é igual até que todas de nós sejamos iguais», partilhou a fadista na sua página oficial do Facebook.

Os números globais são avassaladores: há 130 milhões de raparigas sem educação; mil milhões de mulheres não têm acesso a uma conta bancária; 39.000 crianças do sexo feminino ficaram hoje noivas. Em todo o mundo, as mulheres continuam a ser menos remuneradas do que os homens pelo mesmo trabalho. Não há nenhum país onde as mulheres gozem exactamente das mesmas oportunidades que os homens mas a diferença de género é muito mais acentuada para as mulheres que vivem na pobreza.

Fundada por Bono e outros ativistas, ONE é uma organização apartidária e sem financiamentos públicos cuja actividade passa pelo lobby junto dos líderes políticos e realização de campanhas mundiais para a sensibilização de todos na necessidade de luta contra a injustiça e desigualdade. Conta com mais de 9 milhões de membros e a sua actividade é guiada, não pelo apelo a doações ou caridade, mas pelo pedido às pessoas para que se envolvam, usem a sua voz e se façam ouvir, individual e coletivamente.