Quando, em 2015, entrou num restaurante em Colónia, Churky não esperava ser surpreendido pelo poder da música. “Começámos a tocar e tornou-se uma grande festa”, recorda o músico, antes de realçar: “E tudo a partir daquele pedacinho de música que levámos”. 

Colónia foi uma das paragens da viagem de Diogo Rodrigues (ou Churky) pela Europa, aos 22 anos. A ideia passava por “colocar a guitarra às costas” e, essencialmente, “tocar e viajar”. Os bilhetes de avião, sublinha, “eram sempre só de ida”, passando por cidades como Barcelona, Paris, Dublin ou Londres.

Cerca de três anos depois, Churky lança agora o seu álbum de estreia – “É” – com o selo da Sony Portugal. O disco surge na sequência da vitória no EDP Live Bands 2018 e, para o músico, esta é “uma oportunidade de chegar a mais pessoas”. Um contacto em que os concertos são essenciais, destaca, ao permitirem “um contacto mais direto e completo” com o público.


Videoclip de "NNN", primeiro single de "É" (Fonte: Canal do Youtube Churky VEVO)

Por essa razão, Diogo Rodrigues espera que 2019 seja um ano de muitos quilómetros e concertos, pisando vários palcos com uma banda composta por seis amigos de Alcobaça e da Nazaré. “É o que quero para esta fase”, realça. Durante este mês realizam-se os três concertos de apresentação do álbum. Depois da passagem pelo Teatro Aveirense, no dia 14 de março, seguem-se o Musicbox, em Lisboa (no dia 22), e o Cine-Teatro de Alcobaça (no dia 23).

“É” natural

Para Churky, a música esteve sempre presente. Enquanto criança, sempre tocou nos instrumentos que tinha em casa. Aos 5 anos, por influência do avô, entrou numa escola de música, para aprender as bases. “Mas aquilo não resultou muito bem”, recorda, entre sorrisos. Acabaria por aprender tudo “em casa, sozinho”.

Hoje, toca piano, guitarra, baixo e bateria. E utiliza outros instrumentos “menos ortodoxos” para compor. “Tipo colheres de sopa”, revela, antes de explicar: “São boas para dobrar as tarolas”. O processo criativo, destaca, passa por diferentes ambientes e, como consequência, o disco de estreia “viaja por várias paisagens sonoras”. “Passo pelo indie-rock-pop, com influências da bossa nova ou do jazz. Tentei misturar isso com a ‘sujeira’ do rock”, reforça.

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“Vou encontrando uma receita para a minha expressão”, realça o músico de 25 anos. O disco de estreia é “mais uma oportunidade, entre outras que virão”, tendo em conta que se descreve como alguém “dedicado em procurar fazer as coisas acontecer”. Tudo porque considera que a música é inseparável da sua vida pessoal. “Nunca conheci outra realidade que não esta”, garante, antes de concluir: “Não sei viver de outra forma”.


Videoclip de "É", segundo single do álbum de estreia de Churky (Fonte: Canal do Youtube Churky VEVO)