A docente de gestão e empreededorismo do IPS, Maria João Lima, explicou a base da atividade da manhã de hoje: “a ideia é o ponto de partida para um empreendedor”. Por essa razão, os participantes começaram por, divididos em grupo, encontrar quinze ideias inovadoras de negócio, numa atividade de brainstorming.

A partir daí as ideias foram selecionadas. Curiosamente, esta triagem foi realizada de forma colaborativa, não pelos autores das ideias, mas pelos restantes grupos. Esta foi uma forma de, esclareceu Maria João Lima, garantir que a mais-valia das propostas é identificada pelo maior número de pessoas possível, evitando que os grupos de trabalho se fechem ao contexto envolvente. No final desta fase, restaram três ideias, a partir das quais o grupo escolheu uma para trabalhar.

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Encontrada a ideia de negócio, o desafio aumentou a complexidade: os grupos tiveram depois de criar um cartaz e preparar um elevator pitch (uma apresentação de 10 minutos), apresentando aos colegas e a um júri o valor da sua proposta. As ideias apresentadas foram variadas: um par de sapatos com solas personalizáveis; um carregador para telemóveis universal e sem fios; um secador corporal; um soutien adaptável para mulheres grávidas; uma solução tecnológica insonorizadora e um kit automático para contactos de emergência.

Representado o júri, a professora Maria João Lima destacou a qualidade das apresentações e a motivação dos participantes, salientando que os mesmos “tiveram o cuidado de arranjar argumentos e dados” que suportam os produtos. A grande vencedora acabou por ser a equipa que apresentou como produto um carregador de telemóvel universal e sem fios.

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Ainda que a dinâmica preparada não inclua passos fundamentais na vida de um empreendedor – nomeadamente, preparação de modelo e plano de negócios – esta é uma forma de mostrar pontos essenciais desta atividade, explicou Maria João Lima. “Permite compreender que todas as metas são ultrapassáveis, desde que exista vontade e que os jovens podem ser agentes de criação de valor”, realçou.

De resto, acrescentou, ao longo das últimas edições do IPStartupWeek foi possível obter “ideias com algum interesse e coerência e que olham às necessidades envolventes”. A motivação dos estudantes na participação nesta atividade poderá dever-se ao facto de “esta geração possuir uma maior disposição para arriscar” e, simultaneamente, “ser suportada por muita informação que facilita essa vontade”, considerou a docente.

O dia não terminaria sem uma ida à praia da Figueirinha. Ali, com a Serra da Arrábida como pano de fundo, foi tempo de refrescar as ideias.