É no interior do espaço do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) que encontramos o balcão de informação do Erasmus+ JA. "Queremos sublinhar a importância da educação não-formal para o futuro dos jovens", explica a representante da agência, Marta Reis. Ainda que o nome Erasmus+ seja habitualmente ligado à mobilidade no âmbito de cursos do Ensino Superior, ressalva, existem outras oportunidades, dentro deste programa, que "são destinadas a qualquer jovem"

Intercâmbios ou formações internacionais são algumas das opções ao dispor dos jovens. Por outro lado, através do Corpo Europeu de Solidariedade, é possível encontrar oportunidades de voluntariado e até de estágio. De acordo com Marta Reis, estas possibilidades caracterizam-se pela "vantagem de serem totalmente financiadas, incluindo deslocações, alojamento e alimentação"


Apresentação do programa Erasmus+ – Juventude em Ação (Fonte: Canal do YouTube Erasmus JA)

Por essa razão, momentos como a Qualifica ou os eventos em escolas portuguesas são importantes, destaca, não só para dar a conhecer estas opções, como também para sublinhar que elas se adequam ao contexto de qualquer jovem. "Queremos desmistificar a ideia que as oportunidades Erasmus+ são apenas para quem se encontra no Ensino Superior ou tem possibilidades financeiras", reforça a representante da Eurodesk que trabalha em conjunto com a agência na divulgação do programa. 

Quatro histórias globais
Na comunicação com os visitantes da Qualifica, esta agência conta com a ajuda de quatro jovens estrangeiros. Okan Gunay, Fulya Nalbart e Berke Filiz chegaram a Portugal vindos da Turquia. Já Tom Le Van Nhuong é natural da Bélgica. Ao longo do dia, estes participantes no programa Erasmus+ Juventude em Ação têm partilhado as suas histórias com os visitantes. 

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De acordo com Tom, 9 em cada 10 visitantes "não conhece estas oportunidades". Um número que Okan complementa, realçando: "Metade das pessoas mostra-se interessada e, muito importante, sabe falar Inglês, o que lhes permite participar nestes programas". "Muitas mostram surpresa por ser gratuito ou financiado", reforça. 

A experiência em Portugal, realça Tom, tem permitido o seu crescimento "pessoal e profissional". Um dado que Berke relaciona com "o aumento da independência". Por outro lado, realça Okan, este é um caminho que se faz pela auto-descoberta: "Em Portugal, aprendi o valor de passar tempo comigo próprio e também a forma de consegui-lo", conclui.