Passava pouco das 10h da manhã do dia 3 de junho, último dia da semana foco da Capital Jovem da Segurança Rodoviária, quando um grupo do Motoclube da Vila de Cascais chegou à Escola Secundária da Cidadela, em Cascais, para a ‘Ação smartride’, no auditório da escola. Esta ação teve como propósito falar aos adolescentes das vantagens da deslocação de moto, mas também consciencializar para os perigos da mesma.

A paixão pelas motos era comum em todos os oradores. Rui, um dos membros do Motoclube Vila de Cascais, descreveu a sensação como “o prazer de sentir o vento, o cheiro dos pneus e sentir-se parte da estrada”. Mas para que esta paixão seja possível, é necessário, acrescenta Rui, ter em consideração se a moto está em condições, ter uma condução respeitosa e dentro das regras, usar roupas e acessórios adequados (como o capacete, casaco protetor e luvas) e, por último, “lembrar que as máquinas estão sujeitas a falhas e que podem causar acidentes”.


“Temos de colocar na cabeça, além do capacete, o cumprimento integral das regras de segurança”


O advogado Pedro Mota Soares confessa que, para quem quer cumprir horários, andar de mota é bastante mais cómodo pela facilidade em estacionar e evitar o trânsito. “Contudo, a segurança numa mota é absolutamente essencial, dado que estamos mais expostos aos elementos exteriores”, afirma Pedro Mota Soares. “Temos de colocar na cabeça, além do capacete, o cumprimento integral das regras de segurança”, finaliza, relembrando que os números de acidentes de mota em Portugal são ainda muito elevados.

Voltando aos tempos de estudante, Nuno Piteira Lopes, atualmente vereador da Câmara de Cascais, recorda a quantidade de estudantes que, na altura, deslocavam-se de mota para a escola: “vivi numa época em que chegávamos à escola e víamos estacionadas entre cem a cento e cinquenta motas”. Hoje, o cenário é diferente, e também mais perigoso: “quem quer andar de mota atualmente tem de ter muito mais cuidado com os outros. Os jovens hoje são muito mais conscientes e cumpridores, mas as pessoas no geral andam sempre ‘a correr’, e por isso o aumento de acidentes”.

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Para finalizar a ação, antes de os jovens passarem ao pátio da escola para experimentarem as motos, Luís Jerónimo, diretor do departamento de instrução de processos de Contraordenação na Cascais Próxima, apelou à responsabilidade dos jovens na estrada: “a vossa vida está nas vossas mãos e vai depender futuramente daquilo que querem fazer com ela”.

Simulacro de atropelamento na passadeira

Após a ação de sensibilização, chegou à altura de ensinar aos alunos como reagir no caso de acidente para que socorram o ferido da forma mais correta possível. O agente Ribeiro esteve na linha da frente a explicar os procedimentos aos jovens.

Um dos alunos, voluntário, simulou uma situação de atropelamento. Caído no chão, estava inconsciente e uma colega foi responsável por verificar se ainda tinha vida através do pulso, enquanto outro ligou para o 112, e colocaram o colega na ‘posição lateral de segurança’.

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Embora o acidente tenha sido numa passadeira, o agente Ribeiro lembra a importância de ter sempre atenção aos carros, dado que há condutores distraídos. Acrescenta também que “a utilização dos telemóveis é um dos motivos pelos quais os acidentes estão a aumentar, e por isso é necessário ter atenção quando circulam na via”.

Esta foi a última ação de sensibilização da semana foco da Capital Jovem de Segurança Rodoviária, que pretende sensibilizar os jovens para os perigos, tornando-os cidadãos mais conscientes enquanto circulam na via pública.

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