«Nos últimos cinco anos, o Forum para a Governação Integrada (GovInt) mobilizou vontades e recursos da sociedade civil, das empresas e do Estado para dar resposta a desafios, através do desenvolvimento de uma cultura colaborativa, expressa na capacidade de construir, desenvolver e manter relações interorganizacionais de colaboração para gerir problemas complexos, com maior eficácia e eficiência. Hoje há um caminho percorrido, marcado por múltiplas ações e impactos já evidentes. Contudo, é necessário ir mais longe», explica Rui Marques, coordenador daquele Forum, a propósito do lançamento oficial do Ano Nacional da Colaboração.

A sessão solene contou com a presença de representantes de alguns dos mais de 40 municípios associados a este projeto – Lisboa, Odemira, Gaia, Mafra e Abrantes - bem de como de entidades como a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens, a Comissão para a Cidadania e a Igualdade do Género, a Fundação Montepio, a Grace, a Direção Geral de Educação, os ministérios da Educação, da Justiça e do Trabalho ou o projeto brasileiro O Poder da Colaboração.

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Na apresentação protocolar a Secretária de Estado da Justiça, Anabela Pedroso, frisou que colaborar representa «um enorme desafio nestes tempos de individualismo» e significa «abrir mão de alguma coisa, sair da nossa zona de conforto, não perder individualidade mas saber deixar-se diluir». «É difícil sim», mas «colaborar faz parte da natureza humana. «É o que nos permitirá apostar na transformação», sintetizou. Já Miguel Cabrita, Secretário de Estado do Emprego, sublinhou que «colaborar é um desafio imperativo». «Governar de forma integrada implica mudar práticas enraizadas, é o caminho não só para uma melhor governação mas também para resultados coletivos», avisou. João Costa, por seu turno, sublinhou a importância que o atual Governo dá às questões da Colaboração, ou não tivessem ali presentes 3 seus representantes. «O Ministério da Educação é um dos mais colaborativos», enalteceu o Secretário de Estado. E é bem verdade «o papel liderante» que a Educação tem neste Ano Nacional da Colaboração. Basta consultar o site oficial (www.colaborar.pt) para ficar a conhecer todos os projetos em curso neste âmbito.

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Ainda da parte da manhã, oportunidade para ouvir distintos oradores, esmiuçando casos práticos de colaboração de sucesso. Da parte da tarde, o tom foi mais informal, apresentado que foi o projeto brasileiro O Poder da Comunicação. Izabella Ceccato contou à plateia lotada e muito interessada a história deste projeto que no seu país natal já conta com 18 edições em três anos. Por lá «pessoas incríveis» falam sobre as suas iniciativas transformadoras e abrem-se portas a novas conexões. O evento é 100% colaborativo, ou seja, tudo é doado: espaço, trabalho voluntário, catering, etc. «Crescer sempre juntos é mais legal», frisou Izabella. E por isso a plateia foi convidada a uma espécie de speed dating profissional a uma troca de cartões profissões estilo tômbola.

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ComParte, Engenheiras por um dia, Luta pela Paz (Brasil) e Plano Integrado e Inovador de Combate ao Insucesso Escolar da Lezíria do Tejo foram alguns dos projetos apresentados ao pormenor à audiência. Destaque ainda para a participação do orador britânico Ross Hall, em nome da Global Chance Leaders/Ashoka, que ali falou sobre a importância do empreendedorismo internacional e do desenvolvimento de skils de empatia entre os jovens. «Todos podem ser um chance maker em qualquer área», foi a mensagem deixada. O programa nacional em rede a desenvolver ao longo de 2019 assim o provará.

 

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