Roberta Medina
40 anos, Rio de Janeiro, Vice-Presidente Executiva do Rock in Rio
A minha função implica acompanhar todos os assuntos e participar na definição de conteúdos, da estratégia de comunicação, ter uma visão mais macro do evento. Como Diretora-Geral em Lisboa tenho uma função executiva e mais presente. É mais “mão na massa”. Faço a mesma coisa que fiz no meu primeiro emprego, quando tinha 17 anos e trabalhei como assistente de marketing num shopping. Dentro de um evento com a dimensão do Rock in Rio, existem dois grandes núcleos: um operacional - que tem de montar a Cidade do Rock - e outro de comunicação, de retorno para as marcas, de parcerias, de cativar o público. Estes dois grandes núcleos têm uma linguagem completamente diferente, são planetas e mentalidades diferentes. O maior desafio é essa gestão de pessoas e tradução de linguagens, criar conexões, fazer com que pensamentos diferentes caminhem sempre na mesma direção. Uma empresa não é uma coisa abstrata mas sim um grupo de pessoas. São as pessoas que fazem as coisas acontecerem, independentemente do nível de responsabilidade: a pessoa que prepara um chá para o artista é tão importante quanto o artista porque se aquele chá não existir, talvez o artista não se sinta bem para fazer o espetáculo.

Maria Sara Costa
22 anos, Arcos de Valdevez, Community Manager
A minha função não existia há 10 anos ou não era tão importante. Consiste em gerir as comunidades virtuais/online. O festival tem uma comunidade muito forte de seguidores no Facebook, Instagram e Twitter. Escolher como, quando e de que forma os nossos seguidores vão receber determinado conteúdo é um passo fulcral da estratégia de comunicação. O contacto é bidirecional, as pessoas falam connosco, mandam-nos mensagens, questionam-nos. E quem responde sou mesmo eu e não um robot! Estou nesta equipa há 4 meses, mas é tudo tão intenso que parece mais. Estou a acabar o Mestrado em Comunicação, Cultura e Tecnologias da Informação no ISCTE. Sinto-me uma privilegiada por fazer o que gosto aos 22 anos. O ritmo consegue ser louco. Esta é a minha primeira experiência profissional com uma equipa tão grande e multifacetada. A maior aprendizagem é mesmo sobre a importância da comunicação interna.

Maria João Fernandes
24 anos, Coimbra, Assistente de Engenharia
Entre as várias tarefas da minha função, destacam-se a coordenação das montagens das lojas na EDP Rock Street e no Pop District. Tenho também a coordenação das artes gráficas que revestem os mais variados espaços da Cidade do Rock. Entrei na edição de 2016, em Lisboa, como estagiária de Licenciamento-Operações. Já tinha participado na edição anterior enquanto voluntária de backstage. Em 2017 integrei a equipa de Credenciamento, na edição do Brasil, uma experiência inesquecível. Nesta edição fui convidada a integrar a equipa de Engenharia, área pela qual sempre tive interesse e curiosidade. A experiência está a ser incrível. A maior aprendizagem é trabalhar verdadeiramente em equipa.

Lucas Bicudo
26 anos, Rio de Janeiro, Marketing
No Rock in Rio todos fazem de tudo um pouco, mas entre as funções que executo no departamento de Marketing, posso destacar a criação do conceito, o desenvolvimento de estratégias de media e social media, as aprovações dos materiais de comunicação, a análise dos resultados das campanhas publicitárias, o contacto com os parceiros para a criação de materiais de comunicação, o desenvolvimento de apps e sites. Também participo na coordenação da equipa que compõe o nosso “bunker” na Cidade do Rock, as pessoas envolvidas na operação de cobertura live nas redes sociais. Trabalho no departamento de Marketing do Rock in Rio Lisboa há 5 meses. Antes, trabalhei 3 anos com as contas do RiR na Artplan, agência de publicidade no Rio de Janeiro. Há que saber lidar com tantas pessoas tão diferentes e de áreas completamente distintas. E, não menos importante, divertirmo-nos.

Tommaso Maria Nofri
27 anos, Florença, Produção Artística
A produção artística trata das necessidades técnicas e burocráticas das bandas para que elas possam atuar. Concentramos a nossa energia na qualidade de atendimento às bandas do Palco Mundo. Uma das minhas funções mais importantes é criar e atualizar o nosso banco de dados, juntando informações para ter um mapa completo do lado técnico, artístico e administrativo. Trabalhamos em ritmos muito acelerados e com pouco descanso. Manter a lucidez necessária para produzir um festival deste tamanho é o maior desafio, especialmente nos momentos mais críticos e de desgaste total. A maior aprendizagem que guardo é que quando começas um projeto, há que levá-lo até o fim.