Emma Bryne - investigadora na área da Inteligência Artificial e Neurociência que escreve para publicações reputadas como The Guardian, Forbes, Financial Times e The Wall Street Journal - esmiúça no seu primeiro livro a forma «como o calão está ligado à inteligência, reduz a dor, atenua o stress e ajuda a confiar nos outros». Isto são apenas algumas das «incríveis conclusões científicas» possíveis de descobrir nesta obra que agora chega a Portugal numa aposta da editora Planeta.

«Dizer palavrões pode parecer fútil – e, para alguns, pouco civilizado –, mas é uma parte incrivelmente útil da linguagem, que mostra como os nossos cérebros, emoções e até as sociedades funcionam. Os palavrões existem desde que os humanos começaram a comunicar e está provado que ajuda vítimas de AVC a recuperar a linguagem». Para além disso, facilita a coesão de grupo, melhora a gestão do stress e reduz a violência. De forma divertida, este livro apresenta case studies improváveis, desde os chimpanzés que inventaram as suas próprias "asneiras" ao homem que depois de perder metade do cérebro ganhou uma compulsão para praguejar.

Há também capítulos sobre "os palavrões no local de trabalho", o síndrome de Tourette (pessoas no espetro do autismo, que falam sem filtros e dizem tudo o que lhes vem à cabeça) ou as versões internacionais da coisa, como se dizer um palavrão numa língua estrangeira fosse menos mau ou mais chique. Quem nunca começou por aprender um idioma diferente decorando, precisamente, um ou outro palavrão que atire a primeira pedra, sim?

Aqui também se fala "do género e os palavrões", uma secção que desconstrói o mito de que «uma senhora não diz isso» ou que, no mínimo, as mulheres praguejam menos que os homens. Vai-se a ver e não é bem assim: elas têm é preferência por outros palavrões. Sim, há palavrões específicos para cada género e estes até podem funcionar como quebra-gelo nas relações entre homens/mulheres, quando estas passam a ser "one of the boys". Diz o The Economist que «os leitores vão de decerto fazer uma nova apreciação do lado mais sujo da linguagem». É isso mesmo... caraças?

 

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