As quantias envolvidas estarão sempre dependentes do local ou da instituição que escolhas. Para além das viagens, poderás ter de considerar propinas mais caras ou uma cidade com um custo de vida mais elevado.

Como demonstra um recente estudo promovido pela plataforma Save the Student – que inquiriu cerca de 3.000 estudantes britânicos – as despesas realizadas por um estudante são de diversas ordens e têm um peso relativo muito diferente no orçamento geral.

As despesas com rendas ou alojamento, por exemplo, significam 50% das despesas totais dos estudantes do Reino Unido. Logo de seguida, surgem os gastos com a alimentação (15%), vida social (8%), contas (8%), viagens (6%), livros (3%) e roupas (3%), entre outras.

Estes números demonstram que, tendo em conta o país em para o qual pensas ir estudar, terás de adotar uma estratégia para distribuir os teus gastos de forma equilibrada. De igual forma, será necessário que penses numa forma de garantir o financiamento de que eventualmente necessites.

 

Encontra a ajuda financeira que precisas


Como vimos, estudar no estrangeiro pode acarretar um investimento grande da parte de quem sai do país. Por essa razão, depois de considerares as tuas opções e fazeres uma escolha, poderás ser obrigado a encontrar financiamento. Neste campo, existem diversas opções, com características muito diferentes e que, por isso, se podem adequar melhor à tua situação e perfil. De igual forma, plataformas governamentais portuguesas como o “Portal do Cidadão” ou “Portal da Juventude” disponibilizam alguma informação sobre as tuas diversas possibilidades.

Bolsas de Estudo do Estado
Os critérios para a atribuição de bolsas do Estado Português são a situação económica e/ou o mérito do candidato. Este financiamento é acumulável com outras bolsas de estudo, desde que a instituição de ensino portuguesa que o aluno frequenta reconheça a relevância do mesmo integrar o curso no estrangeiro. 

Existem ainda bolsas estatais financiadas por institutos específicos, de acordo com a missão desses organismos. O Instituto Camões, por exemplo, subsidia alunos que estudem e investiguem na área da língua e da cultura portuguesa.
Plataformas como a Investopedia recomendam que se inicie a pesquisa e o processo de candidatura com um ano de antecedência, devido ao tempo que estes processos de seleção implicam.

Bolsas de Instituições Privadas
Das instituições privadas que garantem financiamento a alunos que estudam no estrangeiro, a maioria são fundações que procuram incentivar a investigação e o desenvolvimento na sua área de atuação. Nesta área, encontramos, por exemplo, a Fundação Calouste Gulbenkian que, em 57 anos, concedeu 80.000 bolsas, distribuídas por países como os Estados Unidos, o Reino Unido, o Brasil, entre muitos outros.

Acordos Específicos
Algumas vezes, são os países de acolhimento que financiam os estudantes que recebem. Através de acordos culturais assinados entre o Governo português e outros Estados, está prevista a atribuição de bolsas a cidadãos portugueses, através das embaixadas locais, postos consulares ou institutos indicados para o efeito. 

Sendo que cada protocolo assinado é específico, os moldes do financiamento variam de país para país, podendo passar pelo simples pagamento de viagens, pela concessão de uma bolsa periódica ou até pela atribuição de uma residência de acolhimento.
A Alemanha, o Japão, a República Checa, a Dinamarca e a Áustria são alguns dos países com quem Portugal assinou este tipo de protocolos.

Empréstimos
Na impossibilidade de conseguires garantir outra fonte de financiamento, poderás pedir um empréstimo numa entidade bancária. Muitos estabelecimentos de ensino possuem linhas de crédito específicas, através de protocolos com bancos para suportar os estudos dos alunos. 

Em qualquer dos casos, será importante pedires uma simulação da prestação mensal e da taxa anual de juro, para que possas avaliar a situação com clareza e, eventualmente, comparar com as propostas de outros bancos.

Entidades Empregadoras
No caso de já estares a trabalhar, poderás sempre tentar combinar com os teus empregadores o financiamento parcial ou total da tua formação. Todas as empresas possuem verbas para esta finalidade porque são obrigadas, anualmente, a dar formação a pelo menos 10% dos seus funcionários.
Com esta opção, demonstrarás igualmente vontade de evoluir e melhorar profissionalmente, algo que a empresa onde trabalhas deverá valorizar.

Estudar e trabalhar
Uma via que te pode garantir independência económica no estrangeiro, no caso de não pretenderes contrair um empréstimo ou depender do financiamento da tua família, é sustentares a tua vida de estudante através de um emprego. Habitualmente, os jovens escolhem modalidades de trabalho em part-time, de forma a conseguirem conciliar mais facilmente o emprego com os seus estudos. 

Em todo o mundo, o número de empregos em part-time tem aumentado consideravelmente, passando de um quarto para metade do número total de trabalhadores, nos últimos 20 anos (segundo dados da Organização Internacional do Trabalho).

Ao nível do trabalho a tempo parcial, existem sistemas mais e menos desenvolvidos, um fator que pode pesar na tua escolha. Deves fazer uma pesquisa sobre o mercado de trabalho do país em que pretendes estudar e trabalhar, antes de tomares uma decisão.

Países como os Estados Unidos ou o Reino Unido, por exemplo, têm uma cultura de trabalhos a tempo parcial mais desenvolvida (nomeadamente através de agências de trabalho temporário). Alguns países, como o Canada, permitem ainda que, com um visto de estudante, desempenhes alguns trabalhos em part-time.

Embora muitas vezes possa ser complicado equilibrar o trabalho e os estudos, o desempenho de uma profissão poderá ajudar-te a desenvolver competências como liderança, trabalho de equipa ou negociação. Por outro lado, muitos empregadores consideram uma experiência deste género como parte importante num currículo.

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