Rui Pedrosa, presidente do Politécnico de Leiria, anunciou publicamente que a instituição vai «liderar um consórcio europeu constituído por Universidades de Ciências Aplicadas com foco no desenvolvimento regional». O projeto Regional University Network (RUN) envolve instituições de ensino superior de Portugal, Irlanda, Holanda, Finlândia, Hungria e Áustria, e «será suportado pela formação modular avançada promotora de mobilidade de curta duração, tendo por base a existência de hubs de inovação alimentados pela investigação de interface, com impacto no desenvolvimento regional». No seu discurso proferido na Sessão Solene de Abertura do Ano Académico 2019/2020, Rui Pedrosa reiterou ainda a importância, em contexto internacional, da necessidade da alteração da designação para Universidade Politécnica de Leiria.

«A designação Universidade Politécnica não só é condizente com a missão e plenitude funcional do Politécnico de Leiria, como também facilitará os contextos de captação de mais e melhores estudantes, quer a nível nacional, quer a nível internacional» defendeu Rui Pedrosa. «É neste contexto que a designação Universidade Politécnica de Leiria é absolutamente determinante e diferenciadora» O responsável deixou o desafio ao Governo que «pode dar um passo decisivo na valorização e comunicação internacional das instituições de ensino superior do subsistema politécnico, permitindo formalmente a utilização da designação Polytechnic University of Leiria em contexto internacional».

«O nosso fator mais distintivo e diferenciador é o foco que temos no desenvolvimento regional, em contraponto com grandes universidades nacionais e internacionais, localizadas em grandes capitais», assegura o presidente do Politécnico de Leiria, destacando «a facilidade que temos para desenvolver projetos de cocriação capazes de gerar impacto direto nas organizações e nas pessoas». Para Rui Pedrosa, esta proximidade e capacidade de desenvolver projetos conjuntos, que nascem do contacto fácil e do trabalho diário com todas as entidades regionais, «não são apenas o maior fator de competitividade do Politécnico de Leiria, mas é também, muito provavelmente, o maior fator de competitividade da região onde estamos inseridos, das suas empresas e das suas instituições».

Na partilha e valorização de conhecimento, o presidente do Politécnico de Leiria destacou o empenho da comunidade académica e dos seus parceiros estratégicos no projeto SmartOcean – Parque de Ciência e Tecnologia do Mar; no IMADE – Parque de Ciência e Tecnologia da Indústria, no Centro Empresarial de Base Tecnológica; na transformação do campus 5 num hub de inovação da saúde; e no projeto “Leiria Social Innovation Hub”, aprovado no âmbito do Portugal Inovação Social. Rui Pedrosa destacou também o projeto para criação do futuro Laboratório de Experimentação e Criatividade da Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha (ESAD.CR) no edifício da antiga Escola Básica do Parque, um investimento direto da Câmara Municipal das Caldas da Rainha.

No que respeita à investigação, Rui Pedrosa referiu haver mais de 170 projetos em curso, «o aumento sistemático do número de investigadores no Politécnico de Leiria», e enalteceu os resultados alcançados no processo de avaliação realizada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). «Das 15 unidades de investigação, 14 foram avaliadas e temos três com avaliação “excelente”, duas com “muito bom” e nove com “bom”». O presidente do Politécnico anunciou ainda que os bons resultados permitiram que a partir de 2020 a instituição de ensino possa, pela primeira vez, contar com um financiamento direto à atividade de investigação através da FCT, que ultrapassará o montante de um milhão de euros anuais.