“Eles não sabem nada sobre nós, não sabem nada, não percebem mesmo nada”, diz o rapaz, imobilizado numa cama, referindo-se aos adultos. Dois amigos visitam-no e tentam perceber o que se passou. Mas as palavras perdem sentido. As imagens nas redes sociais falam mais alto e mais depressa. Os três guardam segredos que os afastarão de forma violenta. Até aparecer uma desconhecida, tão isolada quanto eles, que parece deter a palavra mágica para abrir a “caverna”.
Eis a sinopse de Alma “a história de quatro adolescentes em busca de um futuro que apazigue o vazio dos dias”, em cena na Sala Vermelha do Teatro Aberto, em Lisboa. Tiago Correia assina este texto vencedor da edição de 2018 do Grande Prémio de Teatro Português SPA/Teatro Aberto. A dramaturgia é de Pedro Filipe Marques e Cristina Carvalhal, também encenadora. É ela que define à FORUM esta história teatral como “quatro adolescentes em conflito, antes de mais consigo próprios”.
“Frases curtas. Silêncios breves. Sob um aparente diálogo há toda uma conversa a que não temos acesso. O excesso de energia, desejos, vulnerabilidades, ideais e hormonas que associamos a este “começar da estrada”, explica Cristina carvalhal.
Bernardo Lobo Faria, Bruna Quintas, Guilherme Moura e Sofia Fialho compõe o elenco da peça que gira em torno de um rapaz imobilizado numa cama que é visitado por dois amigos. Alma é um espetáculo para maiores de 16 anos, com cenário e figurinos de Ana Vaz, desenho de luz de Cárin Geada, sonoplastia de Sérgio Delgado e trabalho de vídeo de Pedro Filipe Marques. Sessões às quartas-feiras, sextas-feiras e sábados às 21h30, às quintas-feiras às 19h00, e aos domingos às 16h00.