A paixão do realizador James Cameron pelos oceanos é conhecida e documentada. No final da década de 1990, foi o fascínio pelos naufrágios que o levou a criar Titanic (1996). Em 2012, o realizador canadiano pilotou mesmo um submergível até ao ponto mais profundo do planeta, na Fossa das Marianas. Foi este fascínio que levou James Cameron a afirmar, logo em 2010, que uma sequela de Avatar iria “mergulhar nos oceanos de Pandora” – planeta que é o foco do primeiro filme. 

 

 

O caminho até ao lançamento desta sequela foi longo. Avatar: O Caminho da Água chegará aos cinemas a 15 de dezembro, 13 anos depois da estreia do filme original. Ao The New York Times, o realizador explicou que, em parte, esta demora se deveu ao facto de ter dedicado o seu tempo a outros projetos, como a referida exploração subaquática, em 2012.  

Por outro lado, quando começou a escrever as quatro sequelas já planeadas, Cameron diz ter percebido que era necessário “um tempo de produção considerável”: o processo de escrita demorou quatro anos, desenhar a cultura, guarda-roupa e atmosfera demorou outros cinco. 

 


Avatar: O Caminho da Água chegará aos cinemas a 15 de dezembro, dois dias antes de se celebrarem 13 anos passados desde a estreia do filme original.



Em 2022, para além da estreia da primeira sequela, sabe-se que as filmagens do terceiro filme já estão terminadas. “Se fizermos algum dinheiro com estes filmes”, explica James Cameron, “está tudo planeado para continuar, guião escrito, tudo desenhado”. “Basta adicionar água”, acrescenta. 

 
O regresso a Pandora

O filme original de Avatar (2009) conta a história de Pandora, um planeta rico num minério muito valioso que as forças terrestres procuram explorar. O enredo acompanha a história de Jake Sully, um militar paraplégico, que se infiltra no grupo de habitantes do planeta – os Na’vi – e que se apaixona pela comunidade local. Em 2009, o filme foi visto como revolucionário pelos efeitos especiais utilizados, sendo ainda destacada a sua mensagem ambientalista e pacifista.

O regresso a Pandora volta a acompanhar os protagonistas Jake Sully e Neytiri, como um foco em temas como a parentalidade e o ambiente. “Jacques Cousteau disse que ‘não vais proteger aquilo que não amas’”, explica James Cameron, antes de concluir: “Ele sabia que a foram de levar as pessoas a amar o oceano é mostrá-lo com toda a sua beleza, complexidade e grandiosidade”.