O AFC Wimbledon é um clube habituado a causar sensação. Nos anos 80, passou rapidamente do futebol amador para a primeira divisão do futebol inglês. Em 1988, conseguiria mesmo um feito histórico: vencer a FA Cup, derrotando o Liverpool na final, por 2-1. 

Um dos seus adeptos, Andy Brassell, descreve mesmo esta caminhada com uma frase: “foi basicamente um milagre”. As vitórias nas décadas de 80 trouxeram as suas consequências. O crescimento rápido da equipa fez com que fosse obrigada a mudar de estádio, em 1991. 

Depois de uma busca por uma nova casa, a novidade chegaria em 2002: a direção pretendia mudar o clube até Milton Keynes – uma localidade a 90 minutos de carro. Os adeptos do Wimbledon não gostaram da decisão e protestaram. 

Contudo, a direção do clube avançou mesmo com a mudança, criando assim o MK Dons e extinguindo o AFC Wimbledon. Os adeptos não se conformaram: decidiram criar o seu próprio clube que começou a sua atividade no nono escalão inglês, em 2002. 

À época, a Federação Inglesa de Futebol, depois de aprovar a mudança para Milton Keynes, pronunciou-se sobre esta decisão dos adeptos, considerando que a criação de um novo AFC Wimbledon não se enquadraria “nos interesses mais abrangentes do futebol”, relembra o jornal inglês The Guardian. 

A caminhada do novo AFC Wimbledon seria mesmo uma realidade, ficando a gestão a cargo dos seus apoiantes. O Wimbledon é propriedade de um fundo composto pelos adeptos – o Dons Trust – que detém, obrigatoriamente, 75% do clube.  

Rapidamente, o clube captou a atenção de diversas personalidades do mundo do futebol. Desde logo, da empresa criadora do conhecido jogo de simulação Football Manager, a Sports Interactive, que decidiu patrocinar a equipa. O Diretor da SI, Miles Jacobson, explicou à Games Industry que o apoio tinha uma razão emocional. “Somos grandes apoiantes das raízes do futebol – sabemos que é daí que nascem as estrelas de amanhã”, sublinhou.

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Kits do AFC Wimbledon, com o patrocínio do Football Manager

Em 2013, o clube seria novamente notícia com o envolvimento e patrocínio do youtuber John Green que, entretanto, construiu uma bancada no estádio com o seu nome. O mesmo Green revelou, em março deste ano, que irá produzir um filme contando a história deste clube.  


A história do envolvimento de John Green nas contas do AFC Wimbledon

Agora, 13 épocas passadas e seis subidas de escalão depois, o AFC Wimbledon milita na League One – a terceira divisão inglesa – juntamente com o rival MK Dons. A vitória no terreno do Oxford United permitiu ao Wimbledon ultrapassar, pela primeira vez na sua breve história, a equipa que originou a sua extinção.

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A caminhada do AFC Wimbledon, com seis promoções em 13 épocas

A vitória colocou o Wimbledon no radar dos media internacionais, especulando-se sobre até onde pode esta equipa chegar. No seu site, o Wimbledon descreve os passos que quer dar no futuro: “somos um clube criado, detido e gerido pelos seus fãs. Em tudo o que fazemos, tentamos oferecer o melhor clube possível, reconhecendo que, se não fossem eles, não estaríamos aqui”. “De qualquer forma, sem eles, não faria sentido estar aqui”, concluem. 

A ascensão, a queda e a nova ascensão do AFC Wimbledon

Pela primeira vez, o AFC Wimbledon ultrapassou o MK Don e isso é notícia. Depois do sucesso nos anos 80 e do desaparecimento no virar do milénio, o AFC Wimbledon foi salvo pelos adeptos e subiu de divisão seis vezes em treze temporadas. Agora, está de volta às manchetes e a sua história vai mesmo resultar em filme.  

A história do AFC Wimbledon começa por ser uma história de sucesso. Nos anos 80, uma pequena equipa passou do futebol amador para a primeira divisão do futebol inglês. Em 1988, conseguiria mesmo um feito inédito: vencer a FA Cup, derrotando o poderoso Liverpool na final, por 2-1.

Um dos seus adeptos, Andy Brassell, descreve mesmo esta caminhada com uma frase: “foi basicamente um milagre”. As vitórias nas décadas de 80 trouxe as suas consequências. O crescimento rápido da equipa fez com que a equipa fosse obrigada a mudar de estádio, em 1991.

Depois de uma busca por uma nova casa, a novidade chegaria em 2002: a direção pretendia mudar o clube até Milton Keynes – uma localidade a 90 minutos de carro. Os adeptos do Wimbledon não gostaram da decisão e protestaram.

Contudo, a direção do clube avançou mesmo com a mudança, criando assim o MK Dons e extinguindo o AFC Wimbledon. Os adeptos não gostaram e decidiram criar o seu próprio clube que começou a sua atividade no nono escalão inglês, em 2002.

À época, a Federação Inglesa de Futebol, depois de aprovar a mudança para Milton Keynes, pronunciou-se sobre esta decisão dos adeptos, considerando que a criação de um novo AFC Wimbledon por parte dos adeptos não se enquadraria “nos interesses mais abrangentes do futebol”, relembra o jornal inglês The Guardian.

O início da caminhada no novo AFC Wimbledon seria mesmo uma realidade, ficando a gestão a cargo dos adeptos do clube. O Wimbledon é propriedade de um fundo composto pelos adeptos – o Dons Trust – que detém, obrigatoriamente, 75% do clube.  

Desde do início, a empresa criadora do conhecido jogo de simulação Football Manager, a Sports Interactive, patrocinou a equipa. O Diretor da SI, Miles Jacobson, explicou à Games Industry que o apoio tinha uma razão emocional. “Somos grandes apoiantes das raízes do futebol – sabemos que é daí que nascem as estrelas de amanhã”.

Em 2013, o clube seria novamente notícia com o envolvimento e patrocínio do youtuber John Green. O mesmo Green revelou, em março deste ano, que irá produzir um filme contando a história deste clube.  

Agora, 13 épocas passadas e seis subidas de escalão depois, o AFC Wimbledon milita na League One – a terceira divisão inglesa – juntamente com o rival MK Dons. No último fim de semana, a vitória caseira do Wimbledon frente ao Oxford United permitiu ultrapassar, pela primeira vez na sua breve história, a equipa responsável pela sua extinção.

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A vitória colocou o Wimbledon no radar dos media internacionais. No seu site, o Wimbledon descreve a sua missão e os passos que quer dar no futuro: “Somos um clube criado, detido e gerido pelos seus fãs. Em tudo oque fazemos, tentamos oferecer o melhor clube possível, reconhecendo que, se não fossem eles, não estaríamos aqui”. “De qualquer forma, sem eles, não faria sentido estar aqui”, concluem.