O projeto Be Gold, desenvolvido por uma equipa da Escola Superior de Tecnologia do Barreiro do Instituto Politécnico de Setúbal (ESTBarreiro/IPS), conquistou o 3.º lugar (Prémio Ordem dos Contabilistas Certificados) na final nacional do 15.º Poliempreende, disputada na sexta-feira, 14 de setembro, em Portalegre, marcando mais uma vez lugar no pódio deste concurso de ideias de negócio do ensino superior politécnico.

Concebido pelas docentes Gabriela Gomes e Raquel Barreira, e pelas estudantes de Biotecnologia Jéssica Ferreira e Nídia Pitau, o projeto premiado propõe a recuperação de metais preciosos (ouro e não só) a partir de lixo eletrónico, como placas de circuitos impressos, entre outros materiais, tendo conquistado uma posição de destaque ao lado dos politécnicos de Lisboa (1.º lugar) e de Bragança (2.º lugar).

"O processo utilizado tem natureza biológica, pelo que tem reduzido impacto ambiental, ao contrário dos métodos tradicionalmente utilizados neste tipo de recuperação", explicam as docentes, encarando este 3.º lugar como "mais uma validação que temos da nossa ideia e um estímulo para que continuemos a desenvolvê-la".

Sobre a participação nesta 15.ª edição do Poliempreende, sob coordenação do Instituto Politécnico de Portalegre, a equipa da ESTBarreiro/IPS destaca a "experiência muito enriquecedora", não só pela possibilidade de contacto e partilha de ideias com as restantes equipas a concurso, num total de 80 participantes, como também pela oportunidade de conhecer algumas unidades do tecido empresarial da região, "uma delas com alguns pontos de contacto com o nosso projeto, o que foi uma mais-valia e permitiu-nos retirar algumas aprendizagens".

Além do reconhecimento do projeto empreendedor, o prémio, com um valor monetário de 3 mil euros, terá também impacto no desenvolvimento futuro do Be Gold, já que permite investir na construção de um protótipo funcional. "As estudantes irão iniciar em breve o seu estágio de final de curso tendo este objetivo em vista e sem estes apoios seria muito mais difícil a sua concretização", informam ainda Gabriela Gomes e Raquel Barreira.

Esta 15.ª edição, que colocou no pódio dois projetos na área da Biotecnologia (Plantica, do Instituto Politécnico de Bragança, para além do Be Gold, do IPS), marca também um novo olhar sobre este domínio do conhecimento "com aplicações em vários setores de atividade e onde está ainda muito por explorar", o que leva as docentes do IPS a acreditar que "este ano é o início de uma série de participações empreendedoras apresentadas no Poliempreende, na área da Biotecnologia e afins".

A cerimónia de entrega dos prémios está agendada para o próximo dia 7 de novembro, em Elvas, integrada na Feira do Emprego e Empreendedorismo ENOVE+, promovida pelo Politécnico de Portalegre.

Recorde-se que o IPS conta já com um histórico considerável de prémios no contexto do Poliempreende, entre eles dois primeiros lugares, nomeadamente em 2017 (projeto Ilegal) e 2010 (projeto Smartpaint), e um terceiro lugar, em 2013 (projeto Play4Edu).