Os alunos Afonso Nunes, Inês Cerqueira e Mário Onofre, do Colégio Luso-Francês, venceram, em Bruxelas, e com a coordenação da professora Rita Rocha, o primeiro prémio do EUCYS, com o projeto SPIDER-BACH2. Em nota publicada no site, a Fundação da Juventude explica que o SPIDER-BACH2 "assenta na proposta de produção simultânea de seda de teia de aranha recombinante com um péptido bioativo que demonstra ter propriedades regenerativas do tecido ósseo, o projeto identificou ainda a capacidade de produção de hidrogénio verde como subproduto do uso de uma bactéria marinha (capaz de realizar atividade metabólica em condições aeróbias e anaeróbias)". Acrescenta ainda que "o produto final poderá ter aplicações na mitigação da osteoporose, ao possibilitar a produção in vitro de osteoblastos, células responsáveis pela síntese orgânica da matéria óssea".

Como prémio, os vencedores receberam 7500€ e ainda a distinção com o "Prémio Especial XFEL", que garante o acesso a uma experiência de uma semana na European XFEL - X-Ray Free-Electron Laser Facility, sediada na cidade alemã de Hamburgo.

 

 

Os jovens cientistas foram escolhidos para representar Portugal no concurso depois da vitória no Concurso Nacional de Jovens Cientistas 2023, organizado pela Fundação da Juventude, onde apresentaram um "projeto inovador na área da engenharia (bioengenharia)".

A Fundação da Juventude ainda levou a concurso o projeto SYRENITY, que tem como objetivo "a produção de um creme rico em colagénio – proteína com propriedades estruturais e hidratantes – utilizando subprodutos resultantes da indústria pesqueira, como escamas e barbatanas de peixes". O projeto foi apresentado por Joana Monteiro, João Henriques e Margarida Leite, estudantes do Colégio Valsassina, e contou com a coordenação do professor João Gomes. 

O EUCYS, organizado anualmente pela Comissão Europeia, conta com 34 edições. A edição contou com a presença de mais de 130 jovens cientistas, entre os 14 e os 20 anos, de 36 diferentes países