O número foi avançado no final de quinta-feira. Mais de 850 milhões de crianças e jovens estão privados de frequentar escolas e universidades devido à pandemia Covid-19, sendo forçados a estudar em isolamento. 

O número representa mais de metade da população estudantil do Mundo, com 102 encerramentos nacionais (onde se conta Portugal) e 11 encerramentos locais. A tendência, salienta a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), é que estes números voltem a subir,

 


 

Estes dados representam um "desafio sem precedentes para o setor da Educação", realça a UNESCO, no seu site. Ainda que a maioria dos países procure soluções para este cenário, com ferramentas de educação a distância, "a incerteza quanto à duração do encerramento traz novas complicações".

As soluções implementadas no Mundo para auxiliar os jovens a estudar em isolamento vão de alternativas de alta-tecnologia (como aulas conduzidas em plataformas vídeo em tempo-real) a opções mais tradicionais como programas educacionais nos canais de rádio e televisão.

Para tentar ajudar os vários países afetados a desenvolver sistemas de aprendizagem a distância, a UNESCO vai lançar a Coligação de Educação Global Covid-19, que juntará parceiros dos setores privado e público, incluindo a Microsoft ou a GSMA. "Queremos minimizar a disrupção educacional e manter o contacto social com os estudantes", sublinham.

Estás no Ensino Superior? Conhece 5 ferramentas gratuitas para estudar a distância

A Fundação para a Ciência e Tecnologia, através da sua Unidade de Computação Científica Nacional (Unidade FCCN), disponibiliza-te um conjunto de serviços gratuitos que são indicados para o trabalho ou estudo a distância. Sabe quais.




O desafio, destaca o Diretor-Geral da UNESCO, Audrey Azoulay, estará em conseguir "fornecer soluçõies de aprendizagem sem interrupções a todas as crianças e jovens, de forma igualitária".

"Para além de responder a necessidades imediatas, este esforço procura também repensar a educação, aumentar a dimensão do ensino a distância e tornar os sistemas de educação mais resilientes, abertos e inovadores", concluiu.