O primeiro sinal já tinha sido dado no início de junho pelo Governo, com o anúncio de um investimento de 400 milhões de euros no projeto de universalização da Escola Digital. Ontem, o secretário de Estado de Educação João Costa, revelou à Rádio Renascença que um grupo de 10 escolas irá avançar com manuais escolares digitais, a partir do início do próximo ano letivo.

Para além de linhas dedicadas à capacitação digital dos docentes e aquisição de meios tecnológicos, o programa de universalização da Escola Digital prevê a criação e distribuição de recursos educativos digitais, no sentido de "incrementar a desmaterialização de manuais escolares".

No mesmo sentido, João Costa referiu ontem que essa desmaterialização será um dos objetivos a partir de setembro, funcionando estas 10 escolas "também um pouco de tubo de ensaio para a escalagem para todos os agrupamentos de uma forma progressiva”. A lista das 10 escolas selecionadas ainda não está fechada, anunciou o secretário de Estado, revelando que existirá a preocupação de incluir diferentes contextos geográficos e socioeconómicos.

 

300 mil estudantes vão receber um computador

Computadores terão acesso à Internet e serão emprestados aos estudantes necessitados para realização de tarefas escolares. No próximo ano letivo, cerca de 300 mil estudantes vão receber um computador com acesso à Internet. A medida, revelada ao Jornal de Notícias pela ministra Ana Abrunhosa, tem como objetivo garantir que os alunos podem participar nas atividades letivas online.


 

O programa de universalização da Escola Digital foi anunciado no início de junho, implicando um investimento de 400 milhões de euros para aquisição de computadores, conetividade e licenças de ‘software’ para todas as escolas públicas. Será dada prioridade "aos alunos abrangidos por apoios no âmbito da ação social escolar até se alcançar a sua utilização universal".

“Esta crise [resultante da pandemia da Covid-19] demonstrou bem como é essencial combater as desigualdades, designadamente aquelas do ensino à distância”, afirmou António Costa na altura do anúncio do projeto.