Uma equipa de docentes e estudantes do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) participou recentemente na 1ª edição do E³UDRES² Bootcamp, um programa intensivo na área da inovação e empreendedorismo que decorreu em St. Jakob in Defereggen, na Áustria.
A ação, que envolveu cerca de 40 participantes, em representação das seis instituições de ensino superior parceiras no consórcio europeu E³UDRES², debruçou-se sobre a temática global “O novo campus sustentável do futuro”, trabalhada em quatro equipas internacionais, que se dedicaram a diferentes desafios.
No final do processo, baseado na metodologia Design Thinking, foram apresentadas soluções em estádios de desenvolvimento muito avançados. Exemplos disso foram as três plataformas online propostas para dar resposta a questões como a ligação/ envolvimento dos estudantes e diplomados ao campus e respetiva comunidade ao longo da sua vida profissional (Lifelong Growth); a interconexão entre estudantes, empreendedores e investigadores (Bridging and Sharing Talents); e a ligação estreita e eficaz entre o campus e a sua região de influência (Regional Impact).
Um dos grupos de trabalho debruçou-se igualmente sobre o desafio de redesenhar um campus universitário com base na sustentabilidade ambiental (terraços verdes, painéis solares, recolha de águas para rega) e facilitador da interação, convívio e trabalho de equipa (Living Formats).
“Os campus do futuro só serão verdadeiramente sustentáveis se estreitaram as suas relações de simbiose com a sociedade civil envolvente”, considera Jorge Mimoso, um dos quatro estudantes do IPS envolvidos. “Mais do que a partilha de recursos académicos e científicos com os cidadãos, as instituições de ensino superior devem ser verdadeiras montras progressistas de inovação e de soluções para o mundo, a que toda a sociedade possa aspirar e replicar”, acrescenta.
Sobre a experiência, conta que “foi, sem dúvida bastante enriquecedora”, sobretudo por ter aprendido a “trabalhar numa equipa multidisciplinar, aproveitando os pontos fortes de cada perfil e as diferenças culturais. Sentimos a diversidade a funcionar e, acima de tudo, a produzir soluções mais ricas nas dinâmicas de trabalho em que participámos”.
Também para João Ferreira, da Escola Superior de Saúde (ESS/IPS), um dos docentes presentes no bootcamp, são evidentes os impactos desta experiência internacional no desempenho dos estudantes. “O ganho em novas abordagens, ou simplesmente em diferentes formas de ver os problemas, leva sempre a uma mudança no modo como os estudantes encaram novos desafios. Os estudantes podem alargar horizontes na forma como abordam os problemas e procuram soluções”, considera, antevendo o próximo encontro, previsivelmente em julho de 2023.
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