Durante a tarde de hoje, cinco entidades que dinamizam projetos de inovação escolar estiveram em destaque, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, para um momento de partilha de experiências. Em palco, estiveram presentes representantes da Fundação Altice Portugal, INCoDe.2030, Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Portugal Inovação Social e projeto UBBU.
Ana Estelita, da Fundação Altice Portugal, começou por destacar o “papel fundamental” que a educação ocupa na vida dos cidadãos, para a sua integração completa. Por essa razão, realçou, é muito importante o estímulo à inovação deste sector, de forma a responder às necessidades das populações.
No mesmo sentido, Inês Sequeira, da SCML, realçou que a maioria dos projetos de inovação integrados na Casa do Impacto – o hub de empreendedorismo social dinamizado por esta instituição – são de âmbito educativo. “A inovação social é fundamental na Educação para responder a alguma estagnação no Ensino”, sublinhou, de forma a “incluir [no sistema educativo] respostas a problemas atuais”.
Um dos exemplos destacados durante a sessão foi o projeto UBBU, que João Magalhães apresentou. Criada em 2015, esta iniciativa teve como objetivo ensinar crianças a programar, com a apoio com o Portugal Inovação Social, a Fundação Calouste Gulbenkian e da Câmara Municipal de Lisboa.
“A inovação social é fundamental na Educação para responder a alguma estagnação no Ensino”, sublinhou, de forma a “incluir [no sistema educativo] respostas a problemas atuais”.
Depois de um piloto de 18 meses, o projeto teve continuação, após o estudo de impacto ter concluído, por exemplo, que houve uma melhoria nas notas a matemática na ordem dos 17%. “Percebemos que o projeto tinha impacto noutras disciplinas e isso deu-nos força para chegar a mais professores e crianças”, destacou. Atualmente, o programa existe em 20 países e conta com mais de 100 mil alunos envolvidos.
As dificuldades encontradas na implementação de projetos em seio escolar foram outro dos focos desta sessão. Para além de alguma falta de equipamentos e conetividade, os oradores destacaram alguma resistência à mudança que é ultrapassada após os primeiros meses de atividade. Nesse particular, a garantia de autonomia das escolas foi destacada como sendo fundamental, para que respondam às necessidades da sua comunidade educativa, em complemento aos programas centrais.
“A Educação tem o desafio de se abrir à inovação e perceber que existem projetos que são mecanismos para fazer melhor”, sublinhou Bernardo Sousa, coordenador executivo do programa INCoDe.2030, antes de concluir: “Sentimos que hoje há maior abertura por parte das escolas e que existem fatores críticos já conhecidos”.