A Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP), em parceria com a Escola de Arquitetura, Arte e Design, o Laboratório de Paisagens, Património e Território da Universidade do Minho e a Fundação Marques da Silva inaugurou, no dia 26 de janeiro, a exposição "Manuel Botelho. Projeto e Obra", no âmbito do 40º aniversário da FAUP.
Esta iniciativa assinala a salvaguarda dos registos do trabalho de Manuel Botelho através do seu depósito em acervo na Fundação Marques da Silva, entidade instituída pela Universidade do Porto, na qual exerceu a carreira docente entre 1980 e 2010, e da entrega da sua biblioteca à Escola de Arquitetura, Arte e Design da Universidade do Minho.
O registo fotográfico é de Duarte Belo, antigo aluno de Manuel Botelho
Esta exposição reúne uma seleção de projetos de diferentes escalas, programas e enquadramento, bem como de objetos e escritos que integram o corpo de trabalho de Manuel Botelho. Para além de desenhos e maquetes originais, “a exposição apresenta um registo fotográfico documental de um percurso pelo território de espaços construídos e de objetos do arquiteto, bem como pelos espaços do seu quotidiano, produzido por Duarte Belo”, refere a FEUP, em comunicado.
A sessão de inauguração da exposição "Manuel Botelho. Projeto e Obra" contou com a introdução de João Pedro Xavier (Diretor da FAUP) e intervenções de Álvaro Siza e dos comissários António Neves, Bruno Baldaia, Carlos Maia, Filipa Guerreiro e Duarte Belo (Território Manuel Botelho).
Com um longo percurso como docente que teve início em 1980 na Escola Superior de Belas Artes do Porto e que continuou na FAUP até à sua aposentação, em 2010, Manuel Botelho desenvolveu um percurso único no contexto da Escola do Porto, em grande parte devido à singularidade da sua formação. A par da docência, Manuel Botelho fundou o seu próprio atelier em 1984, onde desenvolveu uma obra singular que inclui não só projetos de habitação e equipamentos, como também o desenho de mobiliário e objetos, entre os quais báculos para vários Bispos e Arcebispos portugueses.
“A singularidade da sua obra é fruto de um particular equilíbrio entre a sua desenvoltura intelectual e um espírito instintivo e intuitivo, reflexo também da sua postura profundamente humanista e emotiva”, conclui a FEUP.
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