“A internacionalização tem que ser posta no centro da estratégia das instituições de ensino superior. Não é uma parte marginal das nossas atividades, deve ser incluída no ensino, na investigação e na relação com a nossa comunidade envolvente”, defendeu ontem o presidente do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), Pedro Dominguinhos, na sessão de abertura a 12ª Semana Internacional, que decorre até dia 8 de novembro, reunindo mais de 120 participantes, 27 dos quais em representação de parceiros estrangeiros.

Numa edição especial comemorativa do 40º aniversário do IPS, o encontro internacional coloca o foco no futuro das redes de mobilidade no contexto do Ensino Superior, assinalando “uma mudança na estratégia de internacionalização” do próprio IPS. E que deverá passar, segundo o responsável, pelo reforço de “uma mentalidade internacional” transversal a todas as áreas e a toda a comunidade académica, e também por uma seleção mais rigorosa de parceiros estrangeiros, com quem seja possível desenhar novos projetos relevantes para a região. “Devemos investir em parcerias estratégicas para aumentar a mobilidade, o numero de projetos e, claro, o número de estudantes que possam disso beneficiar”.

O presidente do IPS lembrou ainda que a componente internacional do Ensino Superior torna evidente uma outra missão, paralela à do desenvolvimento económico das regiões, e que é especialmente pertinente em tempos de retorno dos nacionalismos. “As instituições de Ensino Superior são também um instrumento muito importante para promover o multiculturalismo e a paz. Temos a responsabilidade social de construir uma Europa mais aberta, igualitária e inclusiva”, vincou.

Falando enquanto principal anfitriã de quem visita Setúbal por estes dias, a presidente da Câmara Municipal, Maria das Dores Meira elogiou a iniciativa referindo que, com este encontro, “o nosso politécnico dá passos muitos significativos na sua internacionalização, na captação de novos públicos estudantis e na atração para a nossa região de novas e capacitadas gerações de gente altamente qualificada”. A autarca voltou igualmente a sublinhar o papel do IPS como “polo de conhecimento da maior importância para Portugal” e “parte fundamental da transformação por que tem passado a nossa cidade nos últimos anos”, para reconhecer que, ao trabalhar ativamente na sua internacionalização, a instituição está, em última instância, “a trabalhar para a internacionalização de Setúbal”. Estudar no IPS é, por isso, “reunir o que há de melhor”, rematou Maria das Dores Meira. “Por um lado, uma escola repleta de qualidades, com um corpo docente altamente preparado e com boas instalações e equipamentos; por outro, uma cidade bela, renovada e vibrante”.

Seguindo um modelo de trabalho diferente face a anos anteriores, esta 12ª Semana Internacional vai proporcionar cinco dias de partilha através de várias sessões plenárias e mesas redondas, pondo em contacto estudantes, docentes e investigadores do IPS e os colegas convidados de instituições nacionais e internacionais com quem o IPS mantém relações de cooperação, nomeadamente de países como Alemanha, Bélgica, Holanda, Brasil, Ucrânia, Polónia, Finlândia, Dinamarca, Eslovénia e Uzbequistão.