Esta reflexão coletiva girará em torna da “(Sub)Representatividade Negra na (Re)Produção de Conhecimento”, a partir do seu “lugar de fala” e da sua experiência nas escolas, academia e campo literário. 

Depois de uma estreia centrada no racismo enquanto narrativa, impressa na memória histórica e nos média, o Roteiro para uma Educação Antirracista, iniciativa da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal (ESE/IPS), em parceria com a Câmara Municipal de Setúbal (CMS), cumpre o seu segundo debate no âmbito de um ciclo que se prolonga até setembro, percorrendo vários espaços públicos da cidade de Setúbal.  

Dividida em duas mesas de debate, uma em torno do universo da escola e da academia, e a outra dedicada à produção literária, a sessão conta com os contributos do investigador Bruno Sena Martins, do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (CES-UC), de educadores e professores vindos de vários estabelecimentos de ensino da Grande Lisboa, dos membros da associação Afrolis, Apolo de Carvalho e Carla Fernandes, e de Raquel Lima, da associação Pantalassa, ambos espaços importantes de expressão cultural para os afrodescendentes.

 

A iniciativa será também uma oportunidade para conhecer o que estão a produzir os autores negros, da literatura infantil aos temas de cariz político-filosófico, através do projeto Literaturas Afrikanas, que disponibilizará uma banca de livros com uma seleção de obras alusivas às questões em debate.

 

O roteiro, com entrada livre, prossegue a 9 de março com o tema “Eurocentrismo e silenciamento nos manuais escolares”.