Foi há 37 anos que a saga The Legend of Zelda deu o seu primeiro passo. O primeiro título da série levou os jogadores até ao reino de Hyrule para que explorassem as suas florestas, lagos, desertos e grutas. Como em muitos outros jogos icónicos, o enredo é bastante simples: o protagonista – um jovem elfo chamado Link – deve salvar a princesa Zelda das mãos do antagonista Ganon. O jogador recebe apenas instruções mínimas e deve explorar o mundo que o rodeia.
Desde então, ao longo dos anos, a adição de novos títulos à saga tem continuado a história de Link, aumentando a complexidade do enredo. Em Ocarina of Time (1998), por exemplo, a história ramifica-se em três diferentes timelines. A partir daí, um total treze de jogos – onde encontramos títulos como The Wind Waker, Link’s Awakening ou Majora’s Mask – constroem uma teia complexa de acontecimentos que podem confundir os visitantes mais casuais de Hyrule.
Números sobre a saga The Legend of Zelda
Primeiro lançamento há 37 anos
29 videojogos lançados
124 milhões de cópias vendidas
Em 2017, a Nintendo deu uma nova direção ao rumo da saga The Legend of Zelda, com o lançamento de Breath of The Wild, cuja história se distancia dos desenvolvimentos de até então. A preocupação em afastar o enredo deste título das referidas timelines levou à criação de uma “Grande Calamidade” e a centrar a história do jogo… 10 mil anos depois dos acontecimentos mais recentes.
Um mundo (verdadeiramente) aberto
Breath of The Wild não se limitou a inovar e essa poderá ter sido uma das suas principais forças. Isto porque o título é diretamente inspirado na liberdade oferecida ao jogador no jogo original de 1986, ao apresentar um mundo aberto totalmente explorável e integrar uma mecânica não-linear.
Em vez de se limitar a desenhar cruzes no mapa ou apresentar listas de ações a cumprir, Breath of The Wild utiliza técnicas de game design mais subtis para conduzir os jogadores por Hyrule. Esta inovação é vista como sendo um marco na indústria dos videojogos, sendo possível observar a sua influência em títulos como Elden Ring, Horizon Zero Dawn ou Immortals: Fenyx Rising.
A aposta revelou-se um claro sucesso, com elogios a acumularem-se e a resultarem numa “aclamação universal”, como refere o site Metacritic. “Breath of The Wild conseguiu criar um mundo para explorar de uma forma que nenhum jogo conseguiu até hoje”, escreveu o The Guardian, por altura do lançamento. O jogo quebrou todos os recordes do universo The Legend of Zelda, com cerca de 30 milhões de cópias vendidas – quase um quarto do total de vendas da série.
Porque chora Hyrule?
É neste contexto que chega, em maio de 2023, a sequela The Tears of The Kingdom. A promessa da Nintendo é dar continuidade à inovação que tem caracterizado a série. O novo título vai permitir explorar as nove ilhas que flutuam sobre Hyrule, antecipando “novas habilidades de Link para combater as forças malévolas que ameaçam o reino”. Mais uma vez, destaca o site oficial do jogo, o jogador “vai decidir o seu próprio caminho, criando a sua própria aventura”.
Novo título de The Legend Of Zelda sucede ao título mais bem-sucedido da história da saga, que vendeu 30 milhões de cópias em todo o mundo.
Depois de ser anunciado em 2019, a sequela teve o seu lançamento adiado para a primavera de 2023. Desde então, já foram divulgados pela Nintendo alguns teasers e trailers que mostram os novos ambientes criados para o jogo, bem como alguns novos veículos. Sobre o enredo, pouco é conhecido, sendo possível ter apenas uma certeza – o inevitável Link fará parte do jogo.
O título The Tears Of The Kingdom traduz-se como “as lágrimas do reino”, sendo ainda possível observar, nos vídeos de antecipação do jogo, que o reino de Zelda se encontra envolto num cenário de destruição. A especulação online é intensa, com dezenas de teorias já formadas sobre o rumo que a história de Link tomará. As certezas só chegam a 12 de maio, com o regresso a Hyrule.