São 13 jovens, de 12 profissões diferentes, que vão representar Portugal na 47.ª edição do Campeonato do Mundo das Profissões, que se realiza em Lyon, França, em setembro de 2024. Como em qualquer outra competição, o caminho até à linha de partida, neste caso, até ao primeiro dia de provas em Lyon, não vai ser fácil. Se compararmos com alguns desportos, estamos perante um treino de repetição, aperfeiçoamento e resistência. E tal como nas competições desportivas, os treinadores (ou jurados / preparadores) desempenham um papel fundamental.
Nuno Viana, formador de Desenho Gráfico no IEFP de Águeda é o responsável pelo treino de Mário Ferreira, o jovem que conquistou a medalha de prata e o título de “Melhor da Nação” no Campeonato Europeu, que decorreu na Polónia em setembro passado. “A preparação de um jovem para o Campeonato do Mundo das Profissões, implica dedicação total do concorrente e muita disponibilidade e empenho da parte do preparador”, explica o formador, antes de acrescentar: “Os nossos campeões são selecionados não só pelo domínio dos conceitos técnicos inerentes a cada prova, mas principalmente porque demonstram um elevado sentido de responsabilidade, disponibilidade para trabalhar até atingir a perfeição,?e um orgulho enorme em representar as cores da Nação.”
Também Marco Guerreiro, formador de Receção Hoteleira no IEFP de Lisboa aceitou este desafio e atualmente é o preparador do jovem Tiago Costa, que trouxe a medalha de excelência para Portugal na sequência da sua participação no EuroSkills. Para o formador, as exigências e expetativas “podem variar dependendo do tipo de treino e das metas específicas”. Em todos os casos, a comunicação clara entre o jurado e concorrente “é fundamental para garantir que todos estejam alinhados com as expetativas e requisitos do treino”.
Treinar em contexto real
Ao longo dos próximos meses, a seleção das profissões vai realizar 4 semanas de estágio em diferentes Centros de Formação Profissional do país. Com esta rotatividade, a WorldSkills Portugal e o IEFP querem promover os Campeonatos das Profissões junto das forças vivas das regiões anfitriãs. E a melhor forma de o fazer é em contexto real de treino, colocando concorrentes, jurados e organização à prova, num ambiente onde circulam centenas de visitantes e onde o ruído é uma constante.
Gustavo Seia, Coordenador da WorldSkills Portugal, fala das dinâmicas geradas nestes estágios. “Sempre que chegamos a um local para realizar um estágio percebemos alguns olhares incrédulos na exigência e nos ritmos praticados”, conta. Estas semanas de estágio são essenciais na preparação da equipa WorldSkills Portugal para as competições internacionais das profissões, acrescenta: “Foram relevantes para conseguir o 7.º lugar, em 32 países, na Europa, e vão sê-lo para o Mundial”.
Sobre o impacto deste trabalho, Gustavo Seia não tem dúvidas. “Demonstramos, assim, que a Formação Profissional em Portugal vai bem e que é uma excelente escolha na hora de decidir um percurso de vida”, sublinha, antes de concluir: “A Equipa WorldSkills Portugal dá sempre o seu melhor. Onde há competências, há um caminho e o nosso caminho, agora, passa por Lyon”.
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