Em cada edição da Forum estudante, trazemos-te as histórias de alguns dos membros da seleção portuguesa no EuroSkills – Campeonato da Europa, em Budapeste (Hungria, 2018), e no Wordskills – Campeonato do Mundo das Profissões, em Kazan (Rússia, 2019). Conhece o percurso de Tânia Alves.
Ao arrebatar a medalha de ouro no Campeonato Nacional das Profissões em Beja (2018), Tânia Alves ganhou a oportunidade de fazer parte da “fantástica equipa” que representou Portugal no Euroskills Budapeste 2018. Foi a representante portuguesa na competição de Receção Hoteleira, “experiência que mudou completo a minha vida, tanto a nível pessoal como profissional”, conta à FORUM.
Os participantes portugueses durante a cerimónia de encerramento do WorldSkills (Créditos: IEFP)
“O mais marcante foram as Cerimónias de Abertura e Encerramento. A Abertura porque foi a constatação de que consegui chegar onde queria. Estar no meio de pessoas de diferentes países, vestida a rigor e com a bandeira de Portugal às costas, saber que aquele era o momento em que iria começar a representar o meu país. Desfilámos com orgulho. A Cerimónia de Encerramento, porque foi o fim de uma grande aventura e o orgulho de saber que todos, em equipa, superámos os objetivos”, evoca esta jovem de 23 anos formado no CEFP Sintra.
WorldSkills. O Campeonato onde se ganha antes da prova
Entre 22 e 27 de agosto, 16 jovens de todo o país representaram Portugal no 45º Campeonato do Mundo das Profissões, em Kazan, na Rússia. De entre os 1300 concorrentes, oriundos de 63 países, Portugal conquistou o 22º lugar. A maior vitória, contudo, já estava garantida: "a evolução profissional e pessoal".
A participação no Euroskills exigiu muita preparação em avanço, não só a nível teórico como a nível prático. “Tive as melhores pessoas perto de mim que me ajudaram a aprender a controlar toda a ansiedade para um melhor desempenho nas provas. A nível pessoal descobri forças em mim que desconhecia. Percebi que se acreditarmos que somos capazes podemos fazer tudo aquilo a que nos proponhamos”, avisa a jovem, cuja escolha do Curso Profissional de Receção Hoteleira “surgiu um pouco ao acaso”.
“Foi depois do meu 1º estágio profissional que percebi que tinha
finalmente encontrado algo que me realizava”
“Não sabia bem o que procurava, a não ser querer acabar o 12º ano. Antes disso frequentei o Curso de Línguas e Humanidades numa escola pública, mas percebi que não era aquilo que queria. Ao contrário dos restantes colegas que tinham planos de faculdade, eu estava um pouco perdida. Escolhi o curso pelo facto de ter módulos com os quais me identificava, nomeadamente as línguas como o Inglês e o Espanhol. Foi depois do meu 1º estágio profissional que percebi que tinha finalmente encontrado algo que me realizava.
Hoje, Tânia trabalha no Hotel Fontecruz Lisboa, onde fez 2 estágios de curso e um último de preparação para o Europeu. “Encontro às vezes situações similares com as que lidei em treinos e é muito mais fácil contorná-las”, conta. Por paradoxo, para Tânia, “o mais interessante na área da Receção Hoteleira é o facto de todos os dias serem diferentes, com novos desafios”: “Adoro comunicar com clientes de todo o tipo e fazer o meu melhor para que a sua estadia seja o mais memorável possível”.