A história de como cheguei ao EuroSkills é engraçada. Estava numa aula do meu curso de aprendizagem de Estética e a nossa cordenadora perguntou se alguém estava interessado em participar na fase distrital do Campeonato Nacional das Profissões. Como ninguém se estava a voluntariar, decidi avançar e participar.  

O primeiro impacto foi interessante. Acabei por me qualificar para o Campeonato Nacional e isso trouxe-me uma motivação diferente. Para mais, sendo na área que escolhi para ser o meu futuro. Outro dos pontos interessantes dessa primeira experiência foi conhecer outras profissões. Fiquei a saber o que é soldadura ou controlo industrial, por exemplo. Penso que estas competições são também uma forma de valorizar profissões – há ofícios que conhecemos melhor e a que damos outra importância.  

 

 

Aos poucos, fui percebendo as regras e critérios que existem nas provas. A vitória no Campeonato Nacional foi algo surpreendente, mas trouxe-me a possibilidade de participar no EuroSkills, em Graz, na Áustria. Essa foi uma experiência completamente diferente e extraordinária. Envolveu muitos treinos, o que foi um desafio, em tempos de confinamento, e exigiu muita preparação psicológica e concentração para trabalhar sobre pressão e com público.  

Fiquei bastante contente com o meu resultado – um quarto lugar com medalha de excelência. Foi gratificante perante todo o trabalho envolvido. Quero agradecer à minha família, ao CEFP Barlavento e à Lurdes Lopes e Dina Santos por todo o apoio. Já estou a preparar a minha participação no Campeonato do Mundo das Profissões, em Xangai, em 2022. É um orgulho para mim representar esta profissão.