Numa aposta da editora Dom Quixote, acaba de chegar ao mercado nacional um relato biográfico sobre Jorge Amado, o primeiro grande escritor brasileiro de sucesso mundial, amigo de personalidades como Dorival Caymmi, Glauber Rocha, Pablo Neruda e Jean-Paul Sartre, celebrado (e lido com avidez) nos cinco continentes. Um homem que viveu intensamente as suas paixões políticas, artísticas e amorosas em cenários como Salvador, Paris, Moscovo, Praga e Rio de Janeiro.
O artista cuja trajetória nos ajuda a compreender grande parte do século XX — das intrigas do Partido Comunista na época de Estaline à profissionalização do mercado editorial no Brasil, das novelas de TV à luta pela liberdade religiosa, passando pela música popular, pelos costumes ou pelo cinema.
'Capitães de Areia', título recomendado pelo Plano Nacional de Leitura para o 3.º ciclo, é o livro de Jorge Amado mais vendido em todo o mundo. Foi originalmente publicado em 1937, quando o autor tinha apenas 25 anos. Amado viria a falecer em 2001, aos 88 anos, deixando-nos mais de 30 obras, de romance a poesia ou contos. Gabriela, Cravo e Canela (que inspirou a novela homónima da Rede Globo, a primeira a ser exibida em Portugal), Tieta do Agreste, Tenda dos Milagres e Dona Flor e Seus Dois Maridos, todos eles adaptados ao pequeno ecrã, foram outros dos clássicos por si assinados.