Formado pelas palavras alemãs bildung [educação] e roman [romance], o conceito de bildungsroman foi criado pelo professor de Filologia Karl Morgenstern, por volta do ano de 1820. A categoria inclui obras onde existe o “amadurecimento” de um protagonista, habitualmente jovem, que poderá ter de ultrapassar várias tensões (emocionais, sociais, relacionais, etc…).
É por essa razão que, nesta categoria literária, poderás encontrar romances que evidenciam a diversidade de transformações que a juventude pode implicar. A obra Os Anos de Aprendizagem de Wilhelm Meister, de Goethe, ou A História de Agatão, de Cristoph Martin Wieland, são normalmente apontados como os exemplos fundadores do romance de formação. Conhece aqui alguns exemplos.
#1 À Espera no Centeio, J.D. Salinger (1951)
Tido por muitos como o romance de formação mais popular do mundo, À Espera no Centeio apresenta muitos dos elementos que caracterizam este tipo de obra. O protagonista é um jovem de 17 anos, Holder Caulfield, que pertence a uma família rica e é expulso do seu colégio. Em vez de regressar a casa, Holden decide vaguear pela cidade de Nova Iorque, num trajeto marcado pelo encontro de novas e antigas amizades.
O confronto com a vida adulta – que Holden considera “falsa” – é uma das marcas da viagem deste protagonista, que lida com temas como identidade, inocência, trauma ou alienação. Por essa razão, a obra é apontada como um dos exemplos da transição da infância para a idade adulta.
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