“Quando fiz o primeiro Super Bock Super Rock nunca imaginei que faria 25 edições”, confessa Luís Montez, da Música no Coração, promotora deste que é o festival de música (realizado em anos consecutivos) mais antigo em Portugal. A responsabilidade desta efeméride redonda e de superar os graves problemas de mobilidade sentidos entre 2010 e 2014, nas edições realizadas na Herdade do Cabeço da Flauta, no Meco, em Sesimbra, pairam sobre o festival.

Em 2019, tudo acontece de 17 a 20 de julho, se contarmos com o dia de warm-up e de recepção aos esperados 15/18 mil campistas (só com passe de 3 dias) que, para além das tendas tradicionais, terão à sua disposição diferentes opções de glamping e car camping.

Uma nova disposição do festival - com entrada diferenciada para a zona de campismo e cinco entradas distintas para parques de estacionamento (direito a “arrumadores” e tudo) -, poderá colmatar, espera a organização, o “esquema de funil” de edições passadas. “Tomámos muitos cuidados para que ‘aquele’ ano do Prince não volte a acontecer. A mobilidade é um tema que nos ocupa muita atenção para corrigir o que não correu tão bem então”, frisa Montez. “O próprio País mudou”, existindo hoje uma muito útil A33, pelo que o acesso ao recinto fica facilitado.

Chegar cedo, seguir rigorosamente as indicações das autoridades competentes, e, sobretudo, partilhar carro e usar as várias opções alternativas para chegar ao Festival, são as recomendações da organização. Os TST garantem autocarros de ida e volta diretos de Lisboa (Praça de Espanha e Gare Oriente), com preços entre os 3 e os 4,5 €.

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 Numa parceria com a Brisa, o serviço de carsharing da Via Verde – DriveNow - habitualmente circunscrito à cidade de Lisboa, vai alargar a sua operação para facilitar o acesso ao Super Bock Super Rock. De modo a incentivar a utilização desta solução de mobilidade, serão oferecidos vouchers de 40 minutos de condução gratuita. Este serviço requer inscrição com pelo menos 24 horas de antecedência. A Via Verde oferece o serviço de ridesharing – Via Verde Boleias – através da criação de um grupo exclusivo de boleias de e para o festival. Ao usar esta plataforma, os condutores recebem 5€ em combustível na 1ª viagem e até 3€ nas restantes. Os passageiros recebem um vale de 5€ em supermercado ao fim de 5 viagens. Para incentivar a utilização desta solução de mobilidade, a Via Verde vai oferecer estacionamento no seu parque, junto à porta do recinto, às primeiras 30 boleias. “Esta alternativa económica e sustentável aporta grande valor para o público do Festival, solucionando problemas de estacionamento e contribuindo para um menor impacto no ambiente”, explica a organização. As viagens partilhadas têm benefícios ambientais significativos, permitindo reduzir até 75% as emissões de carbono, ou não fosse a sustentabilidade umas das grandes preocupações deste evento. Não acreditas? Se lá dentro descobrires o primeiro bar com uma máquina que cerveja à pressão alimentada a energia solar.

Ainda sobre mobilidade, para que o público possa assistir ao último grande concerto dos dias 19 e 20 de julho, a Fertagus, em parceria com a Via Verde Transportes, vai oferecer um serviço especial de comboio que sairá da estação de Coina em direção a Lisboa às 03h30 da manhã, com paragem em todas as estações. E a Bolt e a Uber associaram-se ao evento. Mais: a organização assegura autocarros gratuitos para a Praia do Meco nos dias 18, 19 e 20 de julho, entre as 9h00 e as 19h00, reforçados pelas boleias da Toyota.

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O local onde estará instalado o recinto de concertos é um terreno diferente daquele que o público já conhece. Existirá um tapete de vegetação tratado para assegurar um piso verde natural, onde estarão instalados os vários palcos (LG, EDP, Super Bock e Eletrónico). O regresso à natureza traz consigo responsabilidade ambiental acrescida e sensibilização do público. Plano de Suporte Ambiental e parcerias com a Câmara Municipal de Sesimbra e a Amarsul, o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, a Quercus e a Sociedade do Ponto Verde. Organização e parceiros vão agir, sensibilizar e incentivar o público para as boas práticas ambientais. Por exemplo, não serão distribuídos quaisquer brindes de plástico e só haverá sanitários de compostagem (nada de químicos e de água), semelhantes aos usados em grandes eventos congéneres como o Festival de Glastonbury.

(Fotos: Graziela Costa)