Apesar de as apostas online em Portugal serem um fenómeno transversal a todas as faixas etárias e géneros, é, segundo o último relatório do SRIJ relativo aos primeiros nove meses de 2021, nas pessoas pertencentes às Gerações Millennial e Z que se encontram os seus maiores entusiastas.
Dos mais de 2 milhões de apostadores que, no período em análise, realizaram pelo menos uma aposta em jogos de casino ou desportivas nas plataformas licenciadas para o efeito em Portugal, como a casa de apostas desportivas online Solverde.pt, mais de 80% pertenciam a estas duas gerações.
Assim, de acordo com este documento - que, sublinhe-se, acompanha a evolução do fenómeno das apostas online em Portugal entre janeiro e setembro de 2021 -, os jogadores com idades compreendidas entre os 25 e os 44 anos, os chamados Millennials, representavam 61% do total de jogadores registados, enquanto a faixa etária dos 18 aos 24 anos, a Geração Z, atingia os 21,9%, percentagens que somadas correspondem a 82,9% do total dos apostadores registados no período em análise. Em contraponto, as faixas etárias que se enquadram entre os 45 e os 64 anos ou mais contabilizaram no total “apenas” 17,2%.
A atratividade das apostas online junto das faixas etárias mais jovens acaba por se alargar, igualmente, aos novos registos ocorridos entre julho e setembro do ano passado, trimestre onde cerca de 64,2% dos apostadores tinha idade inferior a 35 anos, uma taxa em tudo semelhante àquilo que se tinha verificado nos trimestres anteriores.
(Fonte: https://www.srij.turismodeportugal.pt/)
Em termos globais, no total dos primeiros três trimestres de 2021, o setor das apostas desportivas e jogos de casino online captou 643,6 mil novos jogadores, mais 199,1 mil novos jogadores face ao registado em igual período do ano passado (444,5 mil). Importa notar que, do total de jogadores que realizaram apostas nos primeiros nove meses de 2021, 39,9% efetuaram apostas exclusivamente em apostas desportivas online, 27,5% jogaram somente em jogos de casino e 32,6% tiveram prática de jogo online em ambas as categorias.
Gerações Millennial e Z fomentam o crescimento do setor das apostas online em Portugal
Ao açambarcarem o grosso dos apostadores, as gerações Millennial e Z acabam por ser as grandes responsáveis pelo crescimento registado anualmente pelo setor desde que, em maio de 2016, foi legalizado pelo Estado.
Voltando a fazer uso do último relatório do SRIJ, verifica-se que, no total dos três primeiros trimestres de 2021, os apostadores portugueses investiram um montante total de 6,07 mil milhões de euros na atividade do jogo online (jogos de casino e apostas desportivas online), o que significa um aumento de 46,8% face aos 4,13 mil milhões de euros registados em igual período do ano passado.
Para além da maior facilidade em utilizarem as apps que as casas de apostas disponibilizam, o que, consequentemente, origina uma maior frequência de aposta, o forte impacto das apostas online nos apostadores pertencentes às gerações Millennial e Z poderá estar ligado ao fator “novidade”, uma vez que a legalização das apostas online em Portugal aconteceu em maio de 2016 e que, como todas as novidades, acabou por ser melhor acolhida pelas gerações mais novas e capacitadas para a navegação em meio online.
Jogo Responsável e Autoexclusão
Nesta procura de justificações para o porquê de as apostas online caírem mais fundo nas gerações mais novas, não podemos obliterar a maior literacia em relação às apostas que SRIJ, portais especializados e operadores de jogo online procuram promover junto das gerações mais novas e que tem levado a uma prática de jogo mais informada e saudável. O que acabamos de dizer está bem patente nos números publicados pelo SRIJ em relação aos jogadores autoexcluídos.
Segundo o último relatório da entidade reguladora, a 30 de setembro de 2021, e no total das entidades exploradoras legais em Portugal, encontravam-se autoexcluídos da prática de jogos e apostas online 100,8 mil jogadores registados, mais 7,2 mil jogadores do que em 30 de junho de 2021, uma variação justificada com a “autoexclusão da prática de jogos e apostas online de 18,4 mil jogadores e pelo término da autoexclusão de 11,2 mil jogadores”, refere o documento.
De referir que, no âmbito da proteção dos jogadores, o SRIJ disponibiliza contactos para aconselhamento assim como formulários de autoexclusão, que podem ser preenchidos por quem reconheça incapacidade em jogar de forma equilibrada, ações que se têm mostrado profícuas na promoção do Jogo Responsável junto dos apostadores portugueses.
