A educação e literacia financeira continuam a ser um conceito crucial para manter a estabilidade financeira. O mais recente estudo da Intrum, o European Consumer Payment Report (ECPR 2023), levado a cabo em 20 países europeus e que contou com a participação de mais de 20 mil cidadãos revelou que “os consumidores munidos de uma sólida compreensão dos conceitos financeiros e uma gestão prudente do dinheiro estão mais bem preparados para navegar nos mares tempestuosos da incerteza económica”.
No estudo, pode-se “observar uma diferença clara no pagamento de contas entre aqueles que têm bons conhecimentos de literacia financeira e os que não têm”. Prova disso, segundo o estudo, é o facto de 41% dos consumidores que carecem de conhecimentos financeiros não terem pago uma conta no último ano. Em sentido contrário, a percentagem reduz para 19% “entre aqueles com bom nível de literacia financeira”.
Mais de metade dos inquiridos (54%), não acredita que a sua situação financeira vá melhorar nos próximos 12 meses. Esta visão refleta-se nas perspetivas de futuro a longo prazo dos inquiridos, com cerca de 73% dos inquiridos a acreditar “que nunca ficarão ricos, por mais que trabalhem no seu emprego ou tentem poupar para o futuro”.
Para o Diretor-Geral da Intrum Portugal, Luís Salvaterra, as pessoas com melhor educação financeira são “menos propensas a recorrer a empréstimos para pagar contas, têm uma menor probabilidade de ficar sem dinheiro no final de um mês normal e é mais provável terem uma 'almofada' ou poupança de segurança onde recorrer em caso de emergência”. “A literacia financeira é um elemento transversal em todas as principais dimensões do bem-estar financeiro”, considera Luís Salvaterra.
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