Aliando a programação de transformação tecnológica e inovação, o Executivo angolano pretende não só ter infraestruturas para aprimorar esta área, como também estimular e promover a inovação e a criatividade nas Universidades.
Além da área da educação, Angola tem, cada vez mais, apostado em programas que visam atrair os mais jovens para as áreas da TI.
Desde incubadoras tecnológicas à criação de programas tecnológicos, o atual executivo pretende que os jovens angolanos acompanhem a evolução digital e que possam empreender neste setor de atividade.
O que é literacia digital?
De acordo com a Comissão Europeia, a literacia digital tem como base as habilidades necessárias para atingir a competência digital, sustentadas por competências básicas no uso de computadores.
O objetivo é, assim, recuperar, avaliar, armazenar, produzir, apresentar e trocar informação, comunicar e participar em redes colaborativas via Internet.
Importância da literacia digital em Angola
Face a vários fenómenos digitais que preocupam a sociedade, é importante fomentar a literacia digital entre os mais novos. Aliás, o ministro angolano das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTICS), Manuel Homem, refere que a promoção da literacia digital nas atuais e futuras gerações terá um efeito positivo.
De modo a fomentar a literacia digital nos mais jovens em Angola, o MINTTICS tem, cada vez mais, estreitado laços com o setor da educação. Como? Através de ações voltadas para a educação digital incluídas no ministério da Educação.
Medidas do Governo angolano para fomentar a literacia digital
Muito mais do que a disponibilidade de material informático em Angola, o atual Governo pretende que os jovens possam estar preparados para os atuais cenários do mundo digital. Por outras palavras, pretende que possam estar seguros no mundo digital e, claro, que passem a investir neste setor.
Ao longo do presente ano, o Governo angolano tem apostado em diversas iniciativas de fomentação da literacia digital, assim como iniciativas para o desenvolvimento da área da TI no país.
Digital.ao, incubadora tecnológica para jovens
Em janeiro, o Presidente da República, João Lourenço, inaugurou a Digital.ao, em Luanda, um investimento equivalente a 30 mil euros.
No Digital.ao, os jovens podem regularizar sites e assegurar a existência de aplicações informáticas. Deste modo, as competências de startups são reforçadas, através do seu mecanismo de incubação. Além disso, as iniciativas empreendedoras recebem formação e acompanhamento ao longo do seu processo.
Ao longo dos dois edifícios geridos pelo Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, existem espaços polivalentes, salas de conferência, laboratórios e oficinas de reparação de material informático.
Programa da Inovação e Transferências de Tecnologia visa aumento da literacia digital
De acordo com a Angop, este programa visa desenvolver o conhecimento científico, tecnológico e de inovação e na transferência de tecnologia.
Para tal, conta com parcerias de diferentes instituições, públicas e privadas, destinado às instituições e aos angolanos.
Com este programa, a estratégia do Governo angolano é aumentar a literacia digital, assim como a promoção do desenvolvimento da economia real e do país de forma sustentada e moderna.
Entre 2018 e 2021, ao abrigo das metas deste programa, foram criados 45 projetos de inovação de startups/spin-off ou empresas em Instituições do Ensino Superior em todo o país.
Rede de Mediatecas de Angola (REMA)
Outra das medidas do Governo angolano para promover a literacia digital é o reforço da Rede de Mediatecas de Angola (REMA), onde milhares de jovens podem consultar o seu acervo bibliográfico.
Atualmente, a REMA conta com 10 unidades fixas e 6 móveis, o que permite a inclusão digital de milhares de jovens. O seu acervo bibliográfico é composto por mais de 73 mil exemplares no formato físico e milhões no formato digital.
Em 2021, as mediatecas de Angola recebiam entre 50 a 60 mil visitas mensais, fomentando, assim, o conhecimento e a literacia digital de milhares de jovens.
Mediatecas de Angola podem-se transformar em centros de formação
Ao longo dos 10 anos de existência, a REMA impactou o processo formativo e a integração juvenil da sociedade.
Dada a sua importância, os responsáveis da REMA admitem a possibilidade de transformá-la em centros de formação de profissional. Assim, pretendem que a inserção dos jovens no mercado de trabalho seja mais fácil.
