O verão, para a esmagadora maioria dos jovens que frequentam o Ensino Secundário, é um período de indecisões e mais indecisões. “O que é quero fazer da minha vida em setembro?”. “Será que tenho média para entrar no curso que quero?”. Estas são certamente algumas das questões que pairam na cabeça dos 160 mil alunos que este ano fizeram Exames Nacionais, só no Ensino Secundário, e que ficam a conhecer amanhã, dia 12 de julho, os resultados nos tão temidos Exames Nacionais.

Ciente de que uma fatia muito substancial destes jovens estão a dias de tomar “uma das primeiras grandes decisões das suas vidas”, Graça Andrade, vice-presidente da ESTeSL, ao receber nesta manhã de quinta feira os mais recentes embaixadores do Politécnico de Lisboa, e estando convicta de que “a maturidade emocional não é ainda a ideal para a tomada deste tipo de decisões”, não escondeu que para quem ainda não tomou nenhuma decisão “ a ESTeSL é sempre uma boa opção”.


Da Saúde Ambiental à Nutrição, passando pela Fisioterapia

A única Escola Superior do Politécnico de Lisboa dedicada à Saúde conta com licenciaturas de 4 anos, em que o último ano é dedicado à parte do estágio. Os números falam por si: contam-se um total de 479 parcerias institucionais da Escola com hospitais, laboratórios e clínicas; só no ano passado realizaram-se mais de 30 ações de promoção de saúde em regime de voluntariado da parte dos alunos desta escola, tendo em conta a consciencialização da generalidade da população para a adoção de hábitos de vida mais saudáveis.


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Ainda assim, e apesar dos esforços convergirem sempre no sentido da prevenção, os problemas de saúde não têm dia nem hora marcada, e, como tal, há que formar profissionais capazes de tratar aqueles que nessas circunstâncias mais precisam. Em pleno século XXI, o cancro é já considerada a doença do século, e os tratamentos exigem detalhe e precisão.

Garantir essa precisão é um dos objetivos das máscaras que são fabricadas na licenciatura em Imagem Médica e Radioterapia. Os 50 estudantes que compõem o elenco desta Academia Politécnico Lx puderam experimentar fazer essas mesmas máscaras, cujo principal objetivo é imobilizar a cabeça de todos aqueles que se submetem a tratamentos oncológicos.


Atenção, sempre!

Duas das atividades realizadas esta manhã foram feitos em jeito de chamada de atenção. Os incêndios são uma dura realidade em Portugal, e, como tal, todo o cuidado é pouco quando se fala em tomar medidas necessárias para evitar descuidos que provoquem grandes catástrofes e muitas mortes. Todos os espaços públicos têm extintores de incêndios, mas poucos são aqueles que em situações limite e de tragédia total sabem como utilizá-lo e extinguir um foco de incêndio.

 

 

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Foi isso que as 4 equipas da Academia puderam aprender a fazer. O conselho ficou lançado: Precaução e Atenção nunca são em demasia. Esse mesmo conselho pode ser aplicado na resposta às paragens cardiorrespiratórias. Aida Carolo, é atualmente professora na Escola, mas a sua dedicação ao salvamento dos outros não é de agora. Desde muito jovem que é voluntária na Cruz Vermelha, mas apesar de esse tempo a esta parte apesar a medicina e o pronto-socorro terem evoluído imenso, as paragens cardiorrespiratórias continuam ainda a ser uma realidade preocupante.

Estima-se que todos os anos 700.000 pessoas por todo o mundo sofram um destes ataques, o equivalente, numa comparação completamente diferente mas que permite ter noção da dimensão do fenómeno, a caírem todos os dias durante um ano três aviões, e todos os passageiros que lá se encontrassem perdessem a vida. Os 50 participantes desta Academia puderam simular uma hipotética situação de paragem cardiorrespiratória e aplicar a chamada “cadeia de sobrevivência”, quatro pequenos grandes passos que podem fazer a diferença. Não há dúvidas de que o tempo é condição fundamental no socorro de qualquer vítima deste imprevisto.

Se o pronto-socorro for feito de forma rápida e eficiente, a probabilidade da vítima sobreviver aumenta em 50%. Até há uns anos, o procedimento do que fazer em condições destas era praticamente desconhecido. Só em 2004, com a morte em campo do na época jogador do SL Benfica, Miklós Fehér, é que esta questão se tornou mais discutida em Portugal. Qualquer que seja a pessoa, o contexto ou a hora, a mensagem da professora é clara: “Don´t panic”.


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No mundo do cinema e do teatro

E por falar em pânico, o que não falta em cena, tanto no teatro como na televisão, são nervos. É o sentimento de responsabilidade aliado à vontade de fazer boa figura seja em palco seja numa tela de cinema. A tarde desta quinta feira teve direito a uma conversa dos jovens participantes desta Academia com Carolina Caramujo, aluna da Escola Superior de Teatro e Cinema, e realizadora do filme “Maria Luísa”. Uma conversa que deixou todos os jovens fascinados com a magia do cinema e com vontade de entrar no mundo da Sétima Arte.

O entusiasmo e a motivação não foram escondidas por João Dinis Nascimento, um dos jovens que, esta semana, está a conhecer as várias valências do Politécnico de Lisboa. Terminou agora o 12ºano, guarda o sonho de ser realizador, e o seu grande objetivo é entrar na ESTC na licenciatura em cinema, até porque “contar e conceber histórias” é mesmo uma das suas grandes paixões, e poder fazê-lo através do cinema, dos meios audiovisuais e “conseguir chegar ao maior número de pessoas possíveis é ouro sobre azul”.

 

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Carolina Caramujo não esconde que se trata de um trabalho muito exigente e longo, “com 10 horas por dia de gravações, em que se gravam apenas 3 minutos úteis de filme”. Nenhum plano, nenhuma música, nada é deixado em vão, nem mesmo a escolha do próprio nome “Maria Luísa”. Carolina conta que Maria Luiza é o nome verdadeiro da cantora e compositora brasileira Mallu Magalhães. A escolha foi simples, revela, por se tratar de um nome “que representa uma mulher forte, guerreira, sem medo de lutar”.

No mundo do teatro, o Grande Auditório da Escola Superior de Teatro e Cinema recebeu um mini-workshop com um dos professores de teatro da escola. Os primeiros minutos são sempre de adaptação às tábuas do palco, mas quebrado o gelo todos, entraram no espírito e puderam participar por alguns minutos na construção de uma personagem.

 

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Contudo, melhor do que falar e poder experimentar sentir aquilo que um ator sente em cena, é mesmo ver na primeira pessoa aqueles que o sabem fazer como ninguém. Foi esse mesmo o objetivo da ida ao Teatro da Comuna para ver nas primeiras filas a apresentação dos alunos finalistas da Escola Superior de Teatro e Cinema com a sua peça “Eddie”.

O fazer de conta foi hoje a máxima do dia. Amanhã é preciso ser bem real e convincente para conseguir persuadir os tubarões a investirem numa das atividades da manhã: o Shark Thank. Será que os nossos empreendedores irão conseguir os investimentos necessários para os seus projetos?