O mês de julho é sinónimo de férias para uns, estudo e exames nacionais para outros, e de experiências “inesquecíveis” para outros ainda. Pelo menos, é desta forma que Tomás Santos descreve aquela que é a sua expetativa para esta Academia. Veio de Belém, e como “pessoa que gosta de aventuras e de conhecer gente nova”, esta pareceu-lhe a melhor forma de passar uma semana dos quase três meses de férias que tem.

De facto, o que não falta na Academia Politécnico Lx é espaço e tempo para estes 50 jovens, vindos de norte a sul do país, se conhecerem e criarem laços de amizade. Isso e também aproveitar o facto de estarem numa das instituições de ensino da capital com uma maior diversidade de oferta formativa. O resultado, para Tomás, é uma vantagem duplicada: "Vou poder não só divertir-me, mas também aprender, ver e conhecer melhor o mundo do Ensino Superior – que para nós, jovens, parece ser sempre um mundo ainda muito longínquo e desconhecido". 

 

"[Na Academia Politécnico LX] vou poder
não só divertir-me, mas também aprender, ver e conhecer
melhor o mundo do Ensino Superior – que para nós, jovens,
parece ser sempre um mundo ainda muito
longínquo e desconhecido”
Tomás Santos, participante 

 

“Bem-vindos à família Politécnico de Lisboa!”

Todas as equipas das várias escolas superiores do Instituto Politécnico de Lisboa parecem utilizar a mesma palavra para descrever o ambiente vivido no quotidiano académico: “Somos uma família”. Na sessão de abertura da semana, esse espírito foi notório nas palavras que as equipas dos Gabinetes de Comunicação das várias escolas que compõem o Instituto dirigiram aos estudantes.

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Clara Silva, do Gabinete de Comunicação do Politécnico de LIsboa, é o rosto de uma vasta equipa que, ano após ano, alinha esforços, para que toda a instituição possa proporcionar a melhor semana possível a todos os participantes. Um esforço coletivo que envolve perto de 50 pessoas que, de há uns meses a esta parte, têm vindo a criar o programa e as várias atividades que ocupam os dias desta semana. Na prática, toda essa “harmonia” acaba por ser o reflexo do espírito que se vive diariamente nas várias escolas espalhadas pela cidade. E, em época de escolhas para muitos destes jovens, um dos objetivos está também bem identificado: “Queremos ajudar-vos a fazer escolhas, a mostrar-vos caminhos”.


Resumo da edição de 2018 da Academia Politécnico LX

A sessão de abertura contou ainda com a presença do vice-presidente do Politécnico de Lisboa, António Belo, para quem esta semana é já um acontecimento alto no fim de cada ano letivo do Instituto, e onde a única regra parece mesmo ser “não haver má disposição”. Toda esta experiência combinada entre as seis escolas e os dois institutos superiores do Politécnico pode também ser a oportunidade para que cada um destes 50 jovens se torne embaixadores da marca do Politécnico de Lisboa: “Queremos que possam ver as condições que temos, o que aqui é ensinado, e que essas informações se tornem em informações úteis, não só para vocês, como também para os vossos colegas de escola". "Passem a mensagem que aqui por Lisboa, e em concreto no Politécnico de Lisboa, podem ter garantias de uma oferta de ensino de qualidade”, reforçou. 

 

Estudar Engenharia... porque não?

Das várias escolas que fazem parte do Instituto Politécnico de Lisboa, neste primeiro dia, foi a vez do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL) dar a conhecer a sua oferta educativa e o porquê de ser uma das instituições de ensino de engenharia de referência em Portugal... Ou não fosse esta a casa onde o selecionador nacional Fernando Santos se licenciou e “afinou as primeiras estratégias e aprendeu a resolver os primeiros problemas”, para fazer da Seleção Nacional campeã da Europa.


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Para além deste nome mais sonante, este instituto do Politécnico de Lisboa que centra a sua área de trabalho na área da engenharia e da tecnologia, nestes mais de 100 anos de história, tem também sido a incubadora de vários projetos que hoje fazem parte do quotidiano de todos nós: foi aqui no ISEL que nasceu, por exemplo, a Tecnologia do Multibanco; ou é aqui que ainda hoje existe um laboratório BRISA onde se desenvolve a tecnologia utilizada pela Via Verde. Das 11 licenciaturas e 11 mestrados que são lecionados, na tarde desta segunda feira, os participantes da Academia Politécnico Lx puderam contactar de perto com alguns dos pontos chaves dos vários cursos, participando numa série de atividades para, quem sabe, poderem responder à questão que por esta altura paira na cabeça de muitos: “Que área de estudos hei de seguir no Ensino Superior?”.

Uma dessas atividades passou pela visita à oficina do projeto “Formula Student”. Um projeto que nasce da vontade partilhada por um grupo de alunos: ver construído um carro completamente construído no ISEL e, através dessa plataforma, competir com outras Faculdades de Engenharia de toda a Europa. O aluno do 2.º ano da licenciatura em mecânica e team leader, Eurico Boal, conta que o primeiro carro construído no âmbito do projeto já esteve além fronteiras: “O primeiro carro a combustão por nós construído já esteve em competição não só no Reino Unido, como também na República Checa ou Barcelona. Este ano, por exemplo, vamos estar com o nosso carro em Itália e na Alemanha”. Esta atividade é apenas o exemplo de um leque variadíssimo de projetos e iniciativas que fazem borbulhar a vida no campus.

 

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Numa área onde a competição é tão grande, e onde o meter em prática acaba por ser esquecido em detrimento da teoria em excesso, ser aluno de uma escola superior que dá margem para fazer nascer estes projetos extra-curriculares é algo de louvar, destaca: “Projetos como o Formula Student são muitos importantes porque podemos criar as nossas próprias peças. Quem o faz pela primeira vez, encontra um sentimento de realização e uma coisa do outro mundo". "Hoje fazemo-lo aqui, no dia de amanhã, iremos fazê-lo numa empresa. No fundo, é ver que o trabalho e aquilo que fazemos, acaba por ter um resultado prático e uma função”, reforça o estudante.

Mas esta vertente prática e de incentivo a projetos fora da sala de aula é também destacada pelos docentes. É o caso de Alexandra Costa, uma das professoras dinamizadoras das atividades desta tarde. “O ISEL é uma boa opção, porque é uma escola completa”, garante a docente da licenciatura em Engenharia Civil, diplomada também no ISEL. Alexandra Costa ressalva ainda a transversalidade dos conteúdos licenciados nos vários cursos, e o ambiente de intercâmbio e partilha que aqui se vive. Numa altura em que o ISEL cede provisoriamente parte das suas instalações à Escola Superior de Dança, (que espera pela construção das novas instalações), o convívio e as relações entre alunos e professores é o “ambiente perfeito” para a partilha de conhecimento que por aqui se faz diariamente.

À tarde, houve tempo para uma aula de zumba. Descarregar as energias de um dia em cheio, quebrar o gelo, e ganhar forças para o que aí vem. Amanhã é dia de, entre outras coisas, visitar os estúdios do Grupo Renascença. Sintonizem os vossos rádios, quem sabe se amanhã não é um dos participantes desta Academia a dar-vos os “Bons Dias” pela manhã...

 

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