O papel da Orientação Vocacional e dos Psicólogos nas escolas foi destacado recentemente por Teresa Espassandim, da Direção da Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP). O trabalho dos psicólogos está diretamente relacionado com a diminuição “dos índices de abandono do primeiro ano do Ensino Superior ou de mudança de curso”, sublinhou, em entrevista à Antena 1.
A própria OPP destaca a importância deste momento, ao “visar promover nos jovens não só um maior conhecimento relativamente às alternativas” [escolares e profissionais], mas também relativamente às suas próprias aptidões, interesses, valores, etc. “Este autoconhecimento é promovido através da realização de provas de avaliação psicológica”, refere o documento A Intervenção das/os Psicólogas/os no Contexto Educativo.
O momento de avaliação vocacional é normalmente associado ao teste, com perguntas que procuram definir as principais aptidões e vocações. Mas será possível definir o futuro a partir de um conjunto de perguntas?
"Será possível definir o futuro a
partir de um conjunto de perguntas?"
Mais do que uma fórmula
O trabalho de Maria Eduarda Duarte, publicado pela Universidade de Coimbra, foca-se nas técnicas envolvidas na intervenção vocacional. De acordo com a autora, “um longo caminho tem vindo a ser percorrido”, sendo que atualmente a avaliação é “mais abrangente”. Isto porque não considera apenas os resultados dos testes mas também a “avaliação do conjunto de determinantes” relativos ao contexto. Neste caso, o contexto dos estudantes.
A especialista detalha os instrumentos à disposição de quem trabalha nesta área, começando por destacar o teste de aptidões. Estas avaliações funcionam, explica, porque garantem “indicadores da competência cognitiva”, possibilitando ainda a previsão da capacidade de desempenho em diversas áreas. Contudo, tão importante como estes resultados é a discussão dos mesmos. Este complemento poderá ser feito através de técnicas de autoavaliação realizando inventários de interesses, personalidade, valores ou desenvolvimento de carreira.
Os testes, conclui Maria Eduarda Duarte, não devem ser lidos literalmente, mas sim integrar-se no conjunto das experiências dos estudantes. “Importa que os testes, progressivamente, percam o seu ‘estatuto’ de medidas diretas de traços mentais”, destaca a autora.
Politécnico LX: Podes ser o que quiseres
Se procuras ainda descobrir uma vocação ou confirmar um gosto por uma área profissional, a Politécnico LX poderá ser Academia Forum certa para ti. É que nesta semana que se realiza na capital do País, de 8 a 13 de julho, poderás fazer atividades que vão do desporto à comunicação, passando pelas artes ou ciências empresariais. A organização fica a cargo da Forum Estudante, em parceria com o Instituto Politécnico de Lisboa. Todas as despesas estão incluídas, só tens mesmo de fazer a tua inscrição.
Através destas atividades, realizadas em conjunto com 49 estudantes de todo o país, poderás conhecer vários futuros caminhos académicos in loco. O objetivo, recorda a organização, é “dar oportunidade de confirmar as tuas paixões e, quem sabe, descobrir outras”. Por essa razão, o programa de atividades é diversificado, ou não fosse o lema desta academia: "Porque podes ser o que quiseres".
