O dia começou cedo, com a sessão de boas-vindas, às 9h da manhã, na ESTeSL. Rapidamente, o grupo de jovens foi dividido por equipas para a realização de quatro atividades diferentes consoante os cursos Ortóptica, Farmácia, Ortoprotesia, e Saúde Ambiental, com o objetivo de mostrar um pouco da oferta formativa da Escola.
Na atividade desenvolvida em ‘Ortóptica’, os participantes aprenderam algumas noções básicas do funcionamento da visão e da importância desta função. Através da simulação de algumas limitações, todos perceberam o quanto esta falta poderá “ter impacto no dia-a-dia e limitar algumas atividades. Para contrariar é necessário encontrar alternativas para menorizar e potenciar a visão que o indivíduo ainda tem”, afirmou o professor Luís Mendanha, diretor do curso.
Para uma pequenina amostra daquilo que é feito na licenciatura em Farmácia, Miguel Zegre, professor da licenciatura, escolheu a “formulação de uma pomada” como atividade. A ideia foi que tivessem "contacto com a preparação de uma pomada, que é algo que toda a gente conhece e já usou. Acho que correu muito bem para uma primeira experiência”.
Cidadãos mais aptos para atuar numa situação de incêndio
Na atividade do curso “Ortoprotesia”, os jovens fizeram um molde engessado do pé, “para poderem observar a diferença entre um molde tradicional em gesso e um molde utilizando novas tecnologias como a digitalização 3D”, disse o professor José Pedro Matos.
Para terminar o ciclo de atividades na ESTSL, os participantes aprenderam a utilizar extintores, os meios de primeira intervenção que qualquer pessoa pode utilizar. Dado que os riscos de incêndio em Portugal são elevados no verão, a professora e diretora da licenciatura em ‘Saúde Ambiental’, Ana Monteiro explicou que “este conhecimento é algo que deveria abranger todos os jovens, para tornar os cidadãos mais aptos para atuar numa situação de incêndio”.
Na despedida, a professora Lisete Fernandes, vice-presidente da ESTeSL deixou uma mensagem especial aos participantes: “procurem o curso pelo conhecimento que gostariam de ter”. A vice-presidente relembrou que estudar não é sinónimo de decorar e que “o objetivo de qualquer formação é o desenvolvimento de capacidades”.
“Aquilo que fazemos é criar e ensinar pessoas”
Na parte da tarde, as atividades foram realizadas na Amadora, na Escola Superior de Teatro e Cinema, iniciadas com um discurso do presidente David Antunes sobre a forma como as artes podem ser úteis na vida futura.
David Antunes referiu uma das principais missões da Escola: “aquilo que fazemos é criar e ensinar pessoas”. Embora o edifício seja relativamente recente, a origem da Escola já remete ao século XIX e, por isso, a grande competitividade para ingressar e o elevado reconhecimento no mercado de trabalho.
Depois do discurso, os participantes conheceram o estúdio de cinema da Escola, e passaram para o auditório onde viram três curtas efetuadas pelos alunos da Escola, contactaram com alguns deles e fizeram perguntas sobre os cursos e sobre o mercado de trabalho nesta área.
“A arte não é um produto secundário na nossa vida, mas um produto híper importante”
Do cinema, os participantes da academia 'Politécnico LX' passaram para a área do teatro, para a realização do Workshop ‘Teatro e Comunidade’, com algumas atividades de movimento, corpo e leitura. Para finalizar, os participantes conheceram “os ramos menos conhecidos da licenciatura em Teatro: ‘Design de Cena’ e ‘Produção’, cursos estes muito práticos e com valências muito abrangentes”, contou João Meirinhos, do gabinete de Comunicação e Imagem da ESTC.
O objetivo final das atividades nesta tarde foi, referiu João Meirinhos, “encontrar a perceção de como a arte não é um produto secundário na nossa vida, mas um produto híper importante para o nosso desenvolvimento pessoal e social”.