Com mais de 250 anos de história, o Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa (ISCAL) – a escola mais antiga do Politécnico de Lisboa - foi o último a receber os cinquenta estudantes da academia Politécnico Lx. Pedro Pinheiro, presidente do ISCAL, começou por dizer, na sessão boas-vindas, que muitas vezes esta área de estudo é associada a um certo perfil de estudante, que está dentro de uma caixa. Mas isso não acontece ali e essa é uma das características distintivas do Instituto, “um conjunto vasto de pessoas que faz com que o ISCAL tenha um ambiente engraçado”. Ali estudam jogadores de futebol, artistas, atletas.

“A maior parte dos estudantes do ISCAL vai dizer que estudar aqui é uma extensão do secundário”, disse Pedro Pinheiro, acrescentando que o mesmo se aplica à relação com o professor, que é de grande proximidade. O edifício tem uma estrutura que propicia a união, porque os estudantes cruzam-se constantemente e, segundo o presidente, a opinião ao fim da primeira semana é comum a todos os estudantes: “ainda bem que eu vim parar aqui”.

Pedro Pinheiro deixou duas mensagens. A primeira dizia para pensarem naquilo como família e na segunda disse que o objetivo da passagem pelo ensino superior não é só estudar, “é criar memórias, fazer amizades, conhecer pessoas e crescer enquanto pessoa”.


“Aproveitem a vossa passagem pelo ensino superior. Aproveitar significa estudar mas também aproveitar tudo o que o ensino superior tem para vos dar. Isso tudo é desenvolverem-se enquanto pessoas, é terem as competências necessárias. É isso que é hoje o ISCAL, uma escola que tenta transformar as pessoas que passam aqui e dar-lhes mais do que conhecimento técnico”


Seguiram-se as atividades de empreendedorismo. Num primeiro momento, os participantes estiveram na “Sala da Criatividade” a desenvolver, em grupo, um produto. Sobre esse produto, pensavam nas várias etapas, desde a sua origem - matéria-prima, produção da embalagem, transporte – até à forma como vão promover e vender o produto ao consumidor final.

Daí, foram para o tanque dos tubarões, onde apresentaram o produto a três tubarões, que ouviram, questionaram e decidiram se investiam. No final, os resultados foram bons, com várias ideias de negócio interessantes.

 

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7 colinas e 4 grupos criativos

Conhecidos todos os órgãos do Politécnico de Lisboa, faltava conhecer o coração de Lisboa. Aberta a porta, a luz da capital incidia no Castelo de São Jorge e em todas as ruas da baixa Lisboeta, percorridas neste passeio. O momento de descontração e conhecimento aproximou a cidade dos estudantes, porque também de história e histórias se faz este percurso futuro.

No final da tarde, as apresentações que os estudantes prepararam em grupo, ao longo da semana, foram conhecidas por todos. A criatividade, as atividades e curiosidades da semana foram o mote para as letras e histórias que compunham estas apresentações finais.

Assim terminou a Politécnico Lx e o sucesso desta academia pode medir-se através de dois momentos. O primeiro foram as lágrimas da despedida. E o segundo os braços no ar de quem colocará o Politécnico de Lisboa como opção na candidatura ao ensino superior. Se na sessão de abertura havia dois tímidos braços no ar, na sessão de encerramento correspondiam a mais de metade dos participantes.