Eram ainda 9h quando os estudantes começavam a sua viagem até Elvas. Esperava-os um dia de passeio pela cidade e de descoberta da Escola Superior Agrária, através de várias atividades.
“A importância do digital na agricultura prende-se com a possibilidade que nós hoje temos de ter instrumentos que permitam a monitorização à distância daquilo que está a acontecer no campo”, contou Luís Alcino, professor na ESAE. Na Herdade da Comenda, Luís Alcino explicou que hoje a instrumentação já não é analógica, mas sim digital, sendo possível fazer um controlo mais efetivo do que acontece em campo. Através de dois projetos, os participantes conheceram duas tecnologias utilizadas para a transferência de informação ao agricultor.
De visita ao InnovPlantProtect, Cristina Azevedo, diretora do departamento de Novos Biopesticidas, deu a conhecer este laboratório colaborativo, que visa desenvolver produtos bio para a proteção de plantas no contexto da agricultura mediterrânica. Os participantes conhecerem vários projetos, entre os quais projetos para a deteção precoce de doenças, onde identificam as doenças que existem e a forma como se podem espalhar algumas pragas. O propósito passa por transmitir aos agricultores informação para que possam tratar de forma atempada estas doenças e evitar a aplicação excessiva de produtos químicos.
A descobrir de que forma a tecnologia impacta a agricultura e o conhecimento da mesma, os participantes descobriram uma aplicação que podem descarregar e que lhes permite identificar mais facilmente as plantas. Noémia Farinha, agrónoma, em atividade, utilizou a aplicação com os estudantes para que estes pudessem identificar plantas aromáticas e medicinais. No final, receberam como presente sementes de coentro e vagens de alfarroba, que podem semear.
Ainda na Escola Superior Agrária, perceberam de que forma evoluiu a saúde animal com a evolução da era digital. “Com as novas tecnologias que temos neste laboratório, conseguimos melhor a nossa parte de docência e também de investigação”, explicou Luísa, professora e médica veterinária. A docente deu a conhecer também o centro de atendimento veterinário da escola. Aberto ao público, este centro recebe animais vindos da comunidade, oferecendo aos estudantes da escola a possibilidade de acompanhar as consultas e aprender num contexto profissional.
O ponteiro marcava as 16h quando os participantes se despediam de Elvas para voltar a Portalegre e aproveitar as últimas horas de sol em mergulhos na piscina da Ribeira de Nisa. A onda de descontração prolongou-se. Mais tarde esperava-os uma Lan Party que o Politécnico de Portalegre preparou para os participantes numa das suas escolas. Assim terminou o segundo dia desta academia.
Amanhã, no terceiro dia da Portalegre Digital Academy, os participantes rumam até à barragem da Apartadura, para um dia de atividades náuticas e muito convívio.