A frase “queria ficar ali para sempre”, dita por Miguel Rosa ao sair de uma atividade, marca o início do dia de hoje na Escola Superior de Saúde do IPVC, onde os participantes receberam uma massagem de relaxamento nas salas de terapia da escola, pelas mãos dos estudantes do curso Termalismo e Bem-Estar. O participante contou que “foi ótimo, maravilhoso e muito relaxante”.

O workshop sobre Suporte Básico de Vida, cujo objetivo passava por “sensibilizar os participantes para a importância de gestos simples que podem salvar vidas”, como explicou a enfermeira Elisa Freire, dinamizadora da iniciativa, juntou os participantes para reverem alguns conteúdos já conhecidos durante o ano curricular. Simular o socorro a uma vítima de paragem cardiorrespiratória, com recurso a compressões e insuflações, e treinar a posição lateral de segurança perante uma vítima inconsciente mas que respira foram as duas atividades deste workshop. “Ficaram despertos para a necessidade de todos eles saberem um bocadinho de reanimação”, disse a enfermeira, explicando que nesta visita à Escola Superior de Saúde, aproveitou a comunidade e permitiu que levassem “um bocadinho de ciência lá para fora”. “Estarmos todos ali e ajudarmo-nos uns aos outros foi bom para aprendermos”, assim explicou Sofia Germano, descrevendo a manhã como enriquecedora.

Conhecidos esses dois espaços, não faltou uma visita pela escola, guiada pela enfermeira e professora Clementina de Sousa. Os laboratórios abriram a porta aos participantes, para que conhecessem estes espaços, que tentam simular uma unidade hospitalar, de atendimento à pessoa adulta, pediátrica ou obstetrícia. Entre os vários espaços de estudo, o laboratório de alta fidelidade, que inclui um manequim de alta fidelidade, foi um dos prediletos dos participantes. Maria Jorge, participante da academia, contou que além da massagem, “a parte preferida da manhã de hoje foi a visita aos laboratórios da escola porque viram manequins que simulam várias condições, o que é muito bom para nós começarmos a conhecer aquilo que se passa num hospital”. A professora explicou que “os estudantes conheceram um bocadinho por dentro o que é isto de estudar enfermagem e estudar na ESS”.

 

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Uma tarde na Agrária

Esperamos, nestes dois dias, mostrar-vos um bocadinho do que nós somos, daquilo com que nos identificamos e do que trabalhamos com muito gosto”, foram estas as palavras introdutórias da diretora da Escola Superior Agrária (ESA), Maria Sanjiao, ao receber, ao início da tarde, os cinquenta estudantes. “Fazemos ciência do séc. XXI num mosteiro do séc. XII”, explicando que durante os dois dias os participantes vão ter oportunidade de ver como o mosteiro se adequa a esta realidade juntando tradição e inovação.

O início das atividades consistiu numa abordagem aos Recursos Genéticos Animais, particularmente às raças autóctones, com o professor Joaquim Serqueira. A importância da conservação e melhoramento de recursos genéticos animais antecedeu um dos momentos mais entusiasmantes para os participantes, quando interagiram com os animais, analisaram a temperatura e apreciação do seu bem-estar, através de uma câmara térmica para medição. “A ideia é alertar estes estudantes para a importância da preservação das raças autóctones e esclarecer um pouco daquilo que é a sua utilização enquanto recreio, conservação e consumo”. O professor explicou que todas as raças que existem na escola são raças autóctones e que as reações às atividades foram excelentes, notando uma grande curiosidade por parte dos estudantes. Enriquecedora foi a palavra escolhida por Mariana Roque para esta tarde, dizendo que aquilo de que mais gostou foi precisamente a parte dos animais, ao ver e tocar em alguns deles.

 

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No laboratório de Biotecnologia Vegetal, a professora Ana Guedes desenvolveu duas atividades com os grupos, exemplificando o que se faz naquele espaço, para, a partir de pequenos fragmentos da planta, conseguir ter novas plantas. A outra iniciativa consistia na produção de energia utilizando plantas, permitindo converter a energia química em energia elétrica. Nos cortes da planta, a professora exemplificou e os participantes tiveram oportunidade de replicar a prática. Para Carina Pereira, uma das participantes, essa foi a atividade preferida porque “éramos nós ali a tirar o pedaço da planta para poder replantar e transformar noutra”. A estudante quer seguir biotecnologia no ensino superior, no Politécnico de Viana do Castelo, e contou que “ver estas atividades ajudou-me a concretizar a base da ideia que eu tinha sobre o que era biotecnologia”.

De um laboratório para outro, os estudantes foram conhecer um espaço dedicado à microbiologia. Uma das atividades consistia num processo fermentativo a decorrer com uma levedura. Aí, fizeram também a observação em lupa de diferentes fungos, tendo-lhes sido explicado em que processo estes fungos podem ser utilizados. Estas e outras atividades “cobriam aqui algumas ciências de base, que nos vão dando suporte às diferentes áreas da biotecnologia”, assim explicou a professora coordenadora, dizendo que teve ali muitos curiosos.

 

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Amanhã, a IPVC Power Up continua pela Escola Superior Agrária, com mais atividades pelo campo.