Esta semana que passou foi cheia de aventura e este dia não foi diferente. Após recarregarem as baterias com o pequeno-almoço, os estudantes seguiram para a Escola Superior de Desporto e Lazer (ESDL). A viagem foi longa, mas a atmosfera durante todo o percurso de autocarro esteve animada. Ouviram-se músicas de vários artistas, desde Agir até Xutos e Pontapés; os estudantes riram, cantaram e até dançaram… sentiu-se uma enorme energia.

 

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Chegados a Monção, ao lago onde se praticaram rafting e canoagem, os alunos aprenderam algumas noções base. Anselmo Calvas, aluno do mestrado de Desporto Natureza da Escola Superior de Desporto e Lazer, começou por explicar algumas normas de segurança, nomeadamente usar os cintos de segurança que se encontravam nas embarcações. Falou de alguns conceitos de comando explicando ainda o conceito de sincronizadoras: a pessoa que vai à frente na canoa é o líder, é quem comanda a direção e o ritmo da remada.

O entusiasmo crescia à medida que se aproximava o momento de praticar dois dos desportos que a ESDL tem para oferecer, a canoagem e o rafting. Estas modalidades ocuparam um lugar de destaque no dia de hoje, devido à dinâmica que existia entre os alunos.

Anselmo Calvas explicou que se deve ter alguns cuidados, mas que estes dependem “das condições em que é praticado, nomeadamente no rio Minho.” O rio Minho é de classe dois, numa escala de dois a seis, logo “é um rio para iniciantes, é espetacular para quem quer trazer filhos, pessoas mais idosas”. O que diferencia o rio Minho de outros são os rápidos, que neste caso são artificiais, “depois de cada rápido tens sempre uma piscina, ou seja, cais no rio, vais no rápido, deixas-te ir e recuperamos-te nas águas calmas.” Já no rio Paiva, por exemplo, existe uma sequência contínua de rápidos e a prática deste desporto é já mais desafiante. Anselmo Calvas  disse que é sempre feito um briefing onde estão todas as normas de segurança, por exemplo o que se deve fazer se cair do barco.

 

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Nestes dois desportos, o desafio não passava apenas pela coordenação dos participantes, mas também pelo trabalho de equipa, sendo que o segredo para levar esta temática a bom porto era a equipa estar em sintonia. Leonor Simões, participante nesta academia, disse que esta não tinha sido a primeira vez que tinha andado de canoa, mas que a experiência de hoje tinha sido “bastante agradável, estava bom tempo e a companhia é sempre incrível”. Também Maria Inês Afonso disse que já tinha experimentado a canoa e que “consegui conviver com toda a gente, andámos a brincar um bocadinho, também deu para tirar fotos”. Filipa Brás não conseguiu conter a emoção, dizendo que achou "a experiência incrível, foi uma maneira diferente de nós convivermos”. Filipa ainda não decidiu que área quer seguir, mas afirma que adora desporto. "Estas atividades têm sido as que mais me têm cativado”, sublinhou.

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Hora do fitness

Da parte da tarde, foi hora de exercitar os músculos com uma aula de fitness. Aqui realizaram-se vários exercícios, desde o salto em cumprimento até à corrida, passando pelo futebol e pelo salto em altura.

A participação dos alunos foi excecional e estas atividades permitiram queimar muitas calorias. Alguns estiveram mais nervoso do que outros, mas o importante foi mesmo “nunca desistir” e acreditar em si próprio.

 

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Durante os exercícios, surgiram reações diversas. Alexandre Oliveira mostrou que é possível “voar” e disse que está “a gostar muito da parte do desporto, porque acho que é muito completa e ajuda-nos a ter um estilo de vida mais saudável”. Catarina Rebelo acrescentou que o desporto “já está incluído na minha rotina e os exercícios de que mais gostei foi o de velocidade e o salto em cumprimento”.

 

No final do dia, contou-se com a presença da Vice-Presidente do IPVC, Ana Paula Vale, que agradeceu o empenho dos estudantes nas várias atividades desta semana. A Vice-Presidente falou da importância da participação dos jovens nesta Academia e do contributo dos estudantes para a criação de novas atividades. “Queremos que estes jovens sejam embaixadores do IPVC quando regressarem a suas casas”, reforçou ainda.

 

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Memórias que se levam, amizades que ficam

Antes de se despedirem da Academia IPVC Power UP, ainda houve tempo para experimentar bodyboard na escola «Surf Clube de Viana», na praia do Cabedelo. João Zamith, presidente do Clube, falou um pouco sobre a história deste projeto: “nasceu em 1989, nasceu até nesta freguesia que é Darque e surgiu dos alunos que são os pioneiros do surf aqui na região norte”. Segundo João Zamith, o «Surf Clube de Viana» organizou logo no primeiro ano o campeonato europeu e “depois foi o impulsionador dos primeiros campeonatos de surf e de bodyboard a nível mundial e a nossa escola é a escola de surf mais antiga do país”. O «Surf Clube de Viana» abrange um público variado, onde são incluídas pessoas com mobilidade reduzida e pessoas seniores.

 

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Todos os anos, a escola tenta inovar e criar novos projetos, isto acontece, segundo João Zamith porque “as realidades mudam muito e o muito está a mudar muito rápido e nós temos de acompanhar essas mudanças no mundo”.

A Academia IPVC Power Up chegou ao fim e as memórias que os participantes levam desta incrível experiência não têm preço. Para Sofia Anastácio, este dia revelou-se incrível: “foi a primeira vez que experimentei fazer bodyboard, estava um bocado com medo, porque não gosto do mar assim tão agitado, mas gostei, é uma atividade diferente”, afirmando que gostaria de repetir a experiência. Leonor Periquito também não conseguiu esconder a adrenalina que sentia: “foi muito fixe, apesar de no início estar com um bocadinho de medo por causa do tempo, mas depois de andar nas ondas, aqueci e já não senti a água fria”.

 

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O céu estava nublado e isso fez com que alguns sentissem receio de ir para a água, contudo, João Labrujó é da opinião de estavam reunidas todas as condições necessárias: “estava um bocadinho agreste, mas é isso que dá a adrenalina, se tivesse muito calmo, não tinha sido esta experiência incrível que foi”.

Não foram só as atividades que marcaram esta experiência, o espírito de equipa e a criação de amizades que se foram construindo também tiveram um papel muito importante, tal como refere Maria Santos: “a semana foi incrível e conheci pessoas novas e muito simpáticas”.

A vontade de manter o contacto com todos é grande e à medida que o dia vai avançando, surge um sentimento de saudade. As memórias destas inúmeras descobertas são agora grandes tesouros.

 

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