O Parque Tejo recebeu pela primeira vez o Rock in Rio e este não foi só o dia de estreia do festival neste recinto. Foi também a estreia no festival de vários jovens estudantes que participam no projeto Mosaico, desenvolvido pelo BNP Paribas em colaboração com a FORUM Estudante e o Instituto Padre António Vieira.

O Mosaico é uma iniciativa que, durante este ano letivo, juntou 5 escolas-piloto em Lisboa e no Porto, com o objetivo de “trabalhar o diálogo sobre a diversidade através de ações de sensibilização e workshops em escolas portuguesas com uma grande diversidade cultural”.

 

Mosaico. Novo projeto vai levar importância da diversidade às escolas portuguesas


Foi ontem apresentada, em Lisboa, a nova iniciativa que junta o BNP Paribas, o IPAV e a Forum Estudante. “Mosaico” procura promover nas escolas a reflexão sobre a importância do diálogo intercultural e a diversidade étnica. 


 

O artista norte-americano AY Young, um dos jovens líderes das Nações Unidas para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), atuou no stand do BNP Paribas no recinto. Na sua música, o cantor e compositor passa mensagens sobre “desenvolvimento comunitário, ajuda humanitária, educação para a sustentabilidade e cooperação internacional”.

Marcaram presença no evento o Agrupamento de Escolas Professor Agostinho da Silva, de Sintra e a Escola Secundária da Baixa da Banheira, na Moita, totalizando 12 alunos e 4 professores que os acompanharam.

A atuação de AY Young começou logo após a conclusão do concerto dos Xutos e Pontapés, com a Orquestra Filarmónica de Lisboa no Palco Mundo, por volta das 17 horas. O criador do “Battery Tour” – cujos concertos são alimentados a energias renováveis – pretende transmitir a mensagem de que os humanos são elementos para a mudança. AY Young trouxe muita energia para o recinto, tocando músicas que fazem parte do projeto “Project 17” (ver destaque) e interagindo sempre com o público e com os jovens que se encontravam junto ao stand.

 

Project 17. Música para o Desenvolvimento Sustentável 

 O Project 17 é o álbum que AY Young começou a desenvolver e que tem por base os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. Cada uma das canções representa um objetivo diferente. O trabalho conta com a colaboração de diferentes artistas, com algumas das canções do álbum a figurarem no documentário da Netflix de Zac Efron, “Down to Earth”, disponível na Netflix.


 

Momento de partilha e a importância do projeto

Terminado o concerto, foi possível que os 12 jovens das duas escolas interagissem com o artista norte-americano, podendo inclusive colocar-lhe algumas questões e tirar fotografias. As perguntas colocadas pelos participantes focaram a sua opinião sobre projetos como o Mosaico, o seu trabalho como embaixador das Nações Unidas e os passos necessários para criar um mundo mais “multicultural e com igualdade de acesso para todos independentemente do seu género, raça e cor”.

Sempre com um sorriso no rosto, AY ressalvou a importância de projetos como o Mosaico que “abordem a diversidade e a inclusão”, sublinhando que “todos devem querer fazer parte da mudança no mundo” e elogiando as “organizações que tomam iniciativa para discutir esses temas em conjunto com os jovens”.

 

 

 

 

Quando convidado a falar sobre si e o seu projeto, AY mencionou o papel que tem enquanto um dos 17 jovens líderes das Nações Unida, revelando que pretende utilizar a sua música para alimentar impacto na comunidade, através da angariação de fundos, comida e água. “Foram mais de 900 concertos alimentados a energias renováveis, em mais de 20 países em todo o mundo”, partilhou AY Young.

A experiência dos jovens no Mosaico

Laura Marques, de 15 anos, é aluna da Escola Professor Agostinho da Silva e foi uma das participantes do projeto que pode marcar presença neste primeiro dia de Rock in Rio. Em conversa com a FORUM, Laura diz que “a participação num projeto como o Mosaico é muito importante, para pessoas da minha geração”, de forma a “haver um crescimento social e pessoal nas suas vidas”.

Sobre a presença no Rock in Rio e a interação com o artista AY Young, disse que estava a ser um dia “magnífico”, descrevendo o norte-americano como alguém muito “receptivo” e “genial”. “O seu trabalho alerta para temáticas muito importantes como o ambiente e a multiculturalidade”, concluiu.