Na descrição da sua investigação Osaki explica ,que o timbre produzido por estas cordas é "mais suave e profundo" do que o som que é produzido pelas cordas tradicionais. Segundo o mesmo estas características estão relacionadas com a “estrutura poligonal" de uma espécie de "pacote" que envolve os fios e pela forma particular de como estes se entrelaçam.

Este investigador já trabalha há vários anos as propriedades mecânicas das teias de aranha, focando-se sobretudo no estudo dos fios de seda nos quais as aranhas se prendem e sobre as quais deslizam quantificando a sua resistência num artigo publicado em 2007 na revista 'Polymer Journal'.

O japonês aliou agora a sua investigação à música, ao ter-se apercebido de que"os instrumentos de arco e cordas, como o violino, têm sido alvo de muitos estudos científicos", sem que no entanto tenha sido dada grande ênfase às "propriedades do arco ou das cordas", ao contrário do que acontece com o "corpo do violino".

De acordo com o canal de televisão  BBC, Osaki usou 300 aranhas fêmeas da espécie "Nephila maculate" para produzir cordas suficientes para a realização deste projeto.

As cordas produzidas a partir de teias de aranha demonstraram ter maior resistência do que as produzidas com alumínio ou nylon. Essa resistência estará relacionada com o facto de, como observou Osaki através de um microscópio eletrónico, os fios das teias ficarem entrelaçados sem quase nenhum espaço entre si.

Osaki assegura que "vários violinistas profissionais relataram que as cordas de aranha produziram um timbre preferível, que pode criar uma nova música".