Foi depois da "grande repercussão mediática", por altura do lançamento do Relatório "Estado da Educação 2018", a 26 de novembro de 2019, que surgiu a ideia de organizar um evento de interpretação de resultados, contou a presidente do CNE, Maria Brederode Santos, na sessão de abertura.
Esse evento realizou-se hoje, na sede do Conselho Nacional de Educação, em Lisboa. O objetivo, explicou Brededore Santos, passa por "promover um debate fundamentado e decisões mais informadas".
Como tal, durante a tarde de hoje, Júlio Pedrosa (Universidade de Aveiro), Ariana Cosme (Universidade do Porto), Maria Valente Rosa (Universidade de Lisboa) e Adelina Precatado (Escola Secundária Camões) partilharam as suas conclusões sobre o relatório, sob moderação de Bártolo Paiva Campos, do CNE.
O trabalho "Estado da Educação" foi iniciado pelo CNE em 2010. Desde então, este conselho tem publicado anualmente um relatório que procura traçar um diagnóstico do setor em Portugal. O relatório de 2018, salientou a presidente do CNE, situa os resultados portugueses face âs metas europeias, aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, apresentando ainda a análise de oito casos, em oito escolas diferentes, "para compreender as mudanças sentidas no terreno".
Qual o estado da Educação em Portugal?
Na relação entre Educação com o mercado de trabalho, 80,6% da população entre 20 e os 34 anos encontra emprego no espaço de 1 a 3 anos, depois de concluir o Ensino Secundário. O número representa uma pequena quebra, depois de uma forte tendência de crescimento, desde 2012 (67,5%).
O evento de hoje é o primeiro de uma série de colóquios, que, explicou Brededore Santos, procuram estimular o debate levar à construção informada de políticas públicas. Os colóquios seguintes realizam-se a 11 de março (PISA), 15 de abril (Sucesso Escolar), 29 de abril (Recrutamento de Professores), 13 de maio (Relatório da UNESCO), 20 de maio (Avaliação e Aprendizagem).