O Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE) manifestou a sua indignação por, no debate realizado entre António Costa e Rui Rio, no dia 13 de janeiro, não ter havido “uma única palavra relativa à educação ou aos professores”, segundo revela a presidente do SIPE, Júlia Azevedo.
Após a realização deste debate, considerado decisivo para as próximas eleições legislativas, a dirigente refere ter recebido “centenas de chamadas e mensagens de professores a manifestarem o seu desagrado, chocados com a ausência de referências à educação, à situação precária da classe docente ou sequer à falta de professores”, recordando que até ao final do ano está previsto que se venham a aposentar “cerca de 2800 professores, sendo que só janeiro e fevereiro serão mais de 300”.
Júlia Azevedo manifesta a sua preocupação com a classe que representa e questiona: “que alternativas temos, quando os líderes dos dois principais partidos políticos portugueses, num debate sobre o futuro do País não reservam um único minuto do seu tempo para falar da educação?”. A presidente do SIPE lamenta igualmente que o tema não tenha sido levantado pelos moderadores.
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A presidente do SIPE considera a anunciada falta de professores um grave problema dado que vários alunos ficarão prejudicados. “A educação é um dos pilares estruturantes da sociedade que envolve milhões de cidadãos entre alunos, professores e técnicos educativos, e a ausência do debate de ideias sobre este tema põe em causa qualquer estratégia de futuro para o País”, crítica Júlia Azevedo.
Além da falta de professores, o SIPE reivindica também a necessidade de solucionar “problemas relacionados com a avaliação e progressão na carreira docente, a aposentação, os concursos e a reversão da componente letiva”. Como tal, a presidente do SIPE lança o desafio aos candidatos às Legislativas 2022 de “apresentarem publicamente as suas propostas para a educação e as soluções que defendem para resolver os problemas enfrentados pela classe docente”.
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