Podem dizer-nos quando surgiram as primeiras luzes de Natal?  
Bem, nós podemos falar apenas daquilo que somos – luzes elétricas. A tradição de utilizar iluminação é mais antiga e relaciona-se com a divinização do sol. Mas a primeira árvore de Natal com luz elétrica foi feita a 22 de dezembro de 1882, em Nova Iorque, por Edward H. Johnson. Na altura, foram utilizadas 80 lâmpadas vermelhas, brancas e azuis. Dá que pensar. Hoje em dia, 80 lâmpadas não chegam nem para um raminho minúsculo de um pequeno pinheiro (risos). 

Gostam do protagonismo que têm atualmente?  
Pode não parecer, mas garantimos o nosso trabalho não é fácil. Sobretudo para as luzes que são utilizadas como iluminação de rua. Acabam por ficar penduradas dias e dias, horas e horas, ao frio e à chuva, a piscar, a piscar, a piscar. E olhe que é muito cansativo ouvir milhões de vezes, durante as primeiras semanas de trabalho, a frase: “Xi, pois é, já estamos quase no Natal”.  

 


«É muito cansativo ouvir milhões de vezes, durante as primeiras semanas de trabalho, a frase: “Xi, pois é, já estamos quase no Natal”»

A vossa utilização tem sido alvo de algum debate, devido às questões energéticas… 
Posso deixar-lhe uma garantia: ninguém gosta de ficar pendurado. Mas, enfim, logicamente, não queremos ficar sem trabalho e damos valor ao que fazemos.

O que podem então recomendar aos nossos leitores?  
Há uma primeira regra que nos parece de ouro. Não nos liguem se não houver público. Ou seja, se vão sair de casa ou se vão dormir, por exemplo, podem dar-nos algum descanso. Por outro lado, sem querer ofender nenhuma luz de Natal, a iluminação LED é uma melhor opção – consome menos 90% de energia do que as lâmpadas tradicionais e têm uso contínuo. Dizem que podem deixar-nos a trabalhar 10 anos seguidos, imagine. Felizmente, nunca ninguém se lembrou disso.