Anos 60 
The Beatles – Sgt Pepper’s Lonely Hearts Club Band (1967) 

 


 
É fácil pensar na música pop como pouco inventiva ou superficial. Por ser concebida com o intuito de vender, o plano artístico toma uma posição secundária perante o aspeto financeiro e a música, apesar de poder ser feita com qualidade, poderá sofrer nos campos da experimentação e da inovação. Com este álbum, os Beatles desafiaram essa visão criando uma obra que mantém todo o apelo comercial e, simultaneamente, desbrava novos terrenos a nível da sonoridade, mantendo a fórmula da música pop, mas elevando-a. Pelo caminho, a forma como este género musical é feito, pensado e encarado até pelos ouvintes mais puristas/românticos foi completamente reinventada. Este é um disco de fácil audição, com boas melodias, riffs orelhudos e que define a importante década de 1960 no mundo da música.

 

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Anos 70 
Pink Floyd – Dark Side of The Moon (1973) 

 


 
Este é um álbum muito aclamado pela sua sonoridade e pelo que conseguiu alcançar nesse campo. É, aliás, de loucos pensar que completará 51 anos em 2024. A sua estética psicadélica e etérea, além de inovadora para a década de 1970, foi bastante influente e continua a ser uma marca visível em alguns artistas da atualidade, com grupos como os Tame Impala ou o rapper Travis Scott à cabeça. Contudo, não só por isso é um álbum que marca a história da música. É um disco que captura na perfeição o espírito da época, sendo também um trabalho que define os anos 70, mas que o faz sem soar demasiado datado. Soava atual quando saiu e continua a soar fresco se clicarmos no play hoje. De todas as coisas que se podem fazer musicalmente, criar algo intemporal será sempre uma das mais difíceis. Por isso mesmo, este é um álbum marcante para a década em que se insere e para a história da música em geral.

 

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Anos 80 
NWA – Straight Outta Compton (1989)

 

 

Há um antes e um depois deste álbum no mundo do hip-hop. Cinco jovens da zona Sul de Los Angeles compuseram, escreveram e lançaram um disco que marca uma verdadeira mudança de paradigma naquilo que era o rap e até na forma como a própria sociedade o encarava. Pelas suas letras explícitas e temas de protesto, foi um álbum polarizador e polémico, mas, acima de tudo isso, foi um trabalho incisivo que serviu de janela direta para que o mundo exterior pudesse espreitar as dificuldades de jovens negros que cresceram em contextos desfavoráveis, rodeados por pobreza, crime e violência. Há poucos álbuns que consigam deixar uma marca profunda o suficiente ao ponto de criar um novo género musical, mas o Straight Outta Compton foi capaz de o fazer: este disco é o pai do gangsta rap.

 

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Anos 90 
Nirvana – Nevermind (1991)

 

 

As décadas de 1980 e 1990 foram muito diferentes e a música não foi exceção a esta regra. Nos anos 80, a atmosfera era de algum glamour – penteados vistosos, mestria técnica nos instrumentos, muitas luzes e espetáculos grandiosos. Eis que, praticamente no virar da década, uma banda comandada por um carismático jovem loiro, de aspeto desgrenhado, sem medo de desafinar, com distorção nas guitarras e uma atitude antissistema toma conta do mainstream musical. Falamos, claro, dos Nirvana de Kurt Cobain que, com este disco de estreia, foram capazes de criar a sua própria corrente e género musical: o grunge. O rock nunca mais foi o mesmo. A própria música e a forma como deve ou não ser feita também foram para sempre alterados por este aclamado disco da banda de Seattle. 

 

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Anos 2000 
Kanye West – 808s & Heartbreak (2008)

 

 

Aquando do seu lançamento, foi um álbum que dividiu opiniões. Contudo, isso acaba por ser natural quando se inova como este disco inovou. É muito difícil olhar para o panorama musical atual e identificar um artista que não tenha sido direta ou indiretamente influenciado por este quarto álbum do sempre polémico Kanye West. O auto-tune não era uma invenção recente em 2008. Nem era, aliás, novidade o seu uso na música (com exemplos como T-Pain ou até Cher). Contudo, a maneira como foi utilizado num álbum de rap abanou os alicerces daquele que se viria a tornar o género musical dominante. A nível temático, o explorar de emoções e uma posição vulnerável foi também uma mudança naquilo que era feito neste tipo de música. Para além de influenciar artistas futuros em múltiplos géneros, este disco conseguiu a proeza de influenciar também artistas contemporâneos ao seu lançamento. No fundo, apesar da cisão nas opiniões na altura em que foi lançado, ninguém lhe ficou indiferente e é impossível não lhe reconhecer os méritos e o peso que representa na música que consumimos hoje em dia.